quarta-feira, 17 de abril de 2019

Turismolatria e Turismofobia; Doenças Matrixianas da Nova Era.



Nos recordamos como se fosse ontem, dos primeiros anos de juventude de nosso Veículo Físico no Planeta Terra, quando ainda vivia no Brasil e por volta de seus 22 anos de idade conseguiu por primeira vez juntar dinheiro para ir viajar ao estrangeiro e conhecer Europa. 

Sentado num banco de praça em alguma cidade de Espanha, percebeu pela primeira aquele sentimento mesclado de vazio e alívio por estar por primeira vez livre da psicofera terceiromundista, violenta, agressiva, beligerante, bruta e religiosa de seu país de origem e poder por fim realizar turismo e conhecer o estrangeiro, os países civilizados, o velho mundo, onde tudo havia começado desde as grandes navegações e tudo aquilo que era inacessível para a grande maioria de habitantes de metrópolis como São Paulo e o fazia sentir-se previlegiado.

"Então é isso os que "os ricos" fazem para estar livre de todo sofrimento e tristezas gerados por toda pobreza, violência urbana e as centenas de mazelas que faz de nós os países subdesenvolvidos do mundo"?

Viajam, entram em contato com novas culturas. Consomem, conhecem, passeiam, se recheiam de conhecimentos superficiais sobre histórias e lugares que entram em contato, se divertem e aprovietam o tempo, onde fazem centenas de fotos e logo regressam a seus países e exibem essas fotos em albúns (naquela época não havia redes de relacionamento social na internet e para se comunicar com as pessoas no Brasil era necessário ir a um loucutório e pagar a ligação telefônica por minutos) para seus amigos e parentes na intenção de comprovar para esses e para si mesmo o quanto "é feliz".





Porém aquele sentimento de felicidade percebido por nosso veículo físico vinha mesclado de um vazio. Esse vazio era a percepção da inveja sentida por aqueles "amigos" e parentes que escutavam suas histórias de viagem e viam seus albúns de foto e não compartiam da mesma felicidade, pois não teriam a mesma oportunidade de realizar o mesmo sonho, o que por vezes os fazia consciente ou inconscientemente vibrar em desprezo, desdém e principalmente; INVEJA.


Desde os 14 anos de idade, compreendi que a única maneira de estar livre de toda violência, injustiça, estresse e maldade a que estamos sujeitos nas grandes cidades como São Paulo e dentro de famílias cristãs problemáticas, era viajar para bem longe e lá ficar por um bom tempo e só voltar quando realmente sentisse saudades.








Ilha Grande - RJ - 1998
Dos 14 aos 16 anos de idade foi em Pernambuco, na cidade do Recife em Jaboatão dos Guararapes. Dos 17 aos 25 em cidades de Minas Gerais, e logo na Ilha Grande no Rio de Janeiro e a partir dos 26 os rumos foram a África do Sul, Índia, até chegar a Londres e de ali seguir viagem pela península ibérica, até encontrar o Reino de Espanha, onde as sementes embrionárias de nossa Casa Real Sagrada, seriam germinadas e cresceriam prósperas, como são hoje.














África do Sul . Cidade do Cabo - Cabo da Boa Esperança - 2006



Índia - Cidade de Haridwar - Aos pés do Himalaya - 2007.

Londres - 2008











Ibiza 2008

Ibiza 2009


Graças aos nossos Sábios e Guías, nosso Veículo Físico cedo compreendeu a diferença que havia entre ser um turista e ser um viajante. 

O turista atuava como um predador, tirava o máximo de fotos e ia em o máximo de lugares em tempo recorde como se tivesse pressa, sentindo-se "superior" por saber que é uma das principais fonte de rendas financeiras daquela gente toda que se desdobra para atendê-lo e cumprir suas expectativas, tanto quanto se sentir feliz por saber que um monte de gente em seu bairro, quer ir viajar também e não pode.

O Viajante era aquele que entrava em contato com a gente local, compartia a mesa, recebia ajuda, por vezes se extendia mais tempo e oferecia seu trabalho, como tantas vezes fez nosso veículo físico seja através da música, seja através das terapias. 

Existe um respeito sagrado nos viajantes e imigrantes que aos turistas falta e foi dessa forma que a humanidade terrestre foi sendo "educada" de maneira a criar essas duas patologias que formam o titulo de nossa canalização periódica de hoje e se chama; 

TURISMOLATRIA E TURISMOFOBIA.


Graças a Globalização, centenas de milhares de pessoas que habitam as camadas mais pobres de nossa pirâmide social, puderam ter acesso a recursos, oportunidades e viagens que antes não sonhavam poder fazer. Graças ao dinheiro, as pessoas puderam ter a oportunidade de desfrutar de uma experiência que antes estava reservada apenas aquelas pessoas considerada de classe superior ou previlegiadas. Poder fazer as mesmas atividades como turismo e ir nos mesmos países, lugares e eventos que sempre foram previlégio da "classe superior" deu e ainda dá as classes inferiores, a perfeita ilusão de que estão "evoluindo", "conquistando direitos" e de que está havendo "igualdade de oportunidades" pois quem antes era considerado pobre pode fazer as mesmas coisas que aqueles considerados "ricos" e que tudo é uma questão de "Meritocracía" quando em verdade é uma questão de venda de almas.







Dessa forma, desde a década de 90, que os jovens de nosso planeta, principalmente das classes inferiores, priorizam e idolatram oportunidades de trabalho, para poder juntar dinheiro e viajar, deixando a qualidade de vida, o contexto social e a dignidade laboral, relações afetivas e programações pessoais, degradar-se em segundo plano e priorizando apenas as atividades quer pode sustentar, boicotando assim sua capacidade de vencer desafios e realizar sonhos, cultivando um conceito enganoso a respeito de minha própria felicidade relacionado com o potencial de inveja que posso fazer os outros sentirem de mim e não mais com meu potencial de ter sabedoría, resolver problemas, adquirir conforto.

Essa realidade, contribui para a decadência das condições de emprego e qualidade de vida oferecidas em todo o planeta, principalmente nas grandes cidades.

Uma vez que as pessoas menos favorecidas podem imitar seus ídolos matrixianos durante suas férias, deixam de priorizar o planejamento de suas vidas em níveis quotidianos, configurando assim a patologia que nossos Médicos em níveis 4D fazem chamar, TURISMOLATRIA.







A Turismolatria pode ser definida como a crença fanática de que viajar é um ato de CONSUMO necessário e fundamental que não está relacionado de nenhuma forma com a necessidade de conhecimento, desconfigurando assim a razão original heliográfica que materializa a necessidade de viagens e seus derivados evolutivos, que são tanto o turismo como a imigração, em nossa realidade matrixiana.





A crença de que viajar e consumir é fundamental é uma forma de deturpar a razão primordial de nossa necessidade de deslocamento geográfico que é CONHECER. 

E graças a essa realidade é que as pessoas aceitam diarimente sujeitar-se a eventos humilhantes e vexatórios nos aeroportos e através da burocracia exigida para cada nacionalidade, com a desculpa de que são "necessidades de segurança", enquanto gradualmente vão aceitando níveis de submissão e humilhação ante uma mentalidade que vem materializando uma sociedade cada vez mais policial, xenófoba, racista, divisora e fascista, como é principalmente União Européia, Estados Unidos e todo eixo sionista, ao qual Brasil agora também se inclui e que se consideram superiores, mais ricos e com o direito de mal tratar e torturar seres humanos.


Graças a Turismolatria, ingleses e alemães se sentem pessoas superiores a italianos, espanhóis e portugueses porque podem ir a esses países e comprar tudo, desde comida até bens de consumo, casas, terrenos, barcos, hospedar-se em hotéis e comer em restaurantes, por até três, quatro, cinco vezes o valor menor do que teriam de pagar em seus países ao norte, "ricos" de origem. O mesmo vale para os empresários do Sul e Sudeste do Brasil, que gastam seu dinheiro tirando férias no Nordeste com aquela auréola de "seres superiores", descendente de Europeus que já não matam nem estupram indigenas.

O fato de que pessoas desconhecidas e extrangeiras possam vir a seu país e sentir-se "ricos" por que todos os preços de seu país valem menos que no país dele e que pessoas se sujeitem a trabalhar para eles de forma a não manifestar o incomödo que muitas vezes geram, afeta a autoestima do povo local, que reage de forma reticiente, uma vez que a receita gerada pelo turista grosseiro que vem sentir-se Rei graças ao aumento de seu poder aquisitivo, não é algo que o povo local que tem comércio, deseja abrir mão. 

Isso cria uma forma de relacionamento e de respeito hipócrita, baseada em interesses comerciais que limitam o contato humano entre pessoas de diferentes culturas e as mantém submissa a uma psicosfera de consumo. 

Se por um lado os empresários e comerciantes se sentem felizes graças ao turista que vem gastar dinheiro em seus negócios, por outro lado, aquelas pessoas que vivem nesse local desde gerações e não participam desse movimento turístico, não se beneficiam em nada graças a ele e ainda por cima são prejudicados, configurando assim o que nossos Médicos fazem chamar; TURISMOFOBIA.











A Turismofobia, pode ser definida como o medo ou rechaço, ódio e intolerância para com o turista, uma vez que esse é fundamental para a divisão social e aumento dos abismos entre as classes, harmonia do tecido social dos bairros que agora frequenta e nem sempre respeita, alterando a convivência graças a maneira como consome, gera lixo, gera desequilibrio social e logo vai embora e nunca mais volta ou se volta é pra fazer a mesma coisa, sem jamais trazer qualquer forma de contribuição que não seja financeira e sem jamais realizar o impacto de sua presença, configurando formas de turismo marginal como o turismo alcoólico e o narco-turismo e também o turismo sexual.


Com o grande Bomm turistico das principais cidades européias, em lugares como Lisboa, Barcelona, Madrid ou Berlim, muitas pessoas tiveram que sair de suas casas, onde viviam
há muitos anos ou desde que nasceram, devido ao aumento abusivo dos preços de aluguel e especualção imobiliária. 

Graças as possibilidades de se gerar rendas muito maiores, alugando quartos para turistas, muitos proprietários preferiram pedir seus imóveis de volta a seus inquilinos depois de anos para transformar essas residências em dorimitórios e hospedagens para esses turistas, expulsando assim literalmente os moradores locais originais de suas casas e de seus lares de toda uma vida, desconfigurando bairros inteiros e os obrigando a ir viver no campo ou em cidades do interior onde foram e são realocados, mesmo não tendo nada a ver com essas cidades ou tendo escolhido elas para se viver. 











Enquanto os grandes centros e as grandes empresas lucram altos números graças ao turismo descontrolado e predador, as pessoas trabalhadoras que são seus funcionários vivem vidas cada vez mais miseráveis pois moram cada vez mais longe desses grandes centros onde trabalham e ganham valores cada vez menores, o que os imposibilita pagar uma moradia em um local próximo de seus serviços. Essa realidade gera ódio, sentimentos de impotência e vai modelando um ser humano e trabalhador cada vez mais miserável, cada vez mais ignorante e menos exigente, possibilitando assim tanto a perda de direitos trabalhistas como a banalização da precariedade laboral, materializando países e culturas onde as pessoas tem de ser Putas, Garçons e Funcionários Públicos e já não podem ser humanas nem ter paz ouy viverem suas vidas de maneira digna. 

Tanto a TURISMOLATRIA como  TURISMOFOBIA existem pelo mesmo motivo que é a incapacidade de ser feliz de forma equilibrada entre suas próprias condições e suas verdadeiras necessidades. 

As pessoas que padecem de turismolatria, principalmente de forma predadora é simplesmente porque não querem entrar em contato com a verdadeira razão de suas existências, são incapazes de serem felizes no caos de suas casas, bairros, cidades e países, não tem interesse em resolverem os problemas de suas vidas e por isso se dedicam a viajar freneticamente, de forma desesperada pois "Não parar" é sua forma de crer que "encontrou a Paz" e "adquire conhecimento", que deveria ser encontrada dentro de sí, mas se faz impossível graças a toda influência psicosférica e tentação gerada pelo efeito que as viagens tem na psiqué de amigos, parentes e gente conhecida que não pode fazer o mesmo, gostaría e acredita que todos que podem já são "mais felizes". A turismolatria encontra sua cura somente através do encontro verdadeiro com sua própria missão de vida e a paz interior proporcionada por essa.

As Pessoas que padecem de turismofobia e praticam a intolerância para com o turista, assim acontece justamente porque através desses, percebe que seu sentimento de orgulho, paz e soberania por ter nascido e vivido no mesmo lugar toda uma vida, lugar esse que faz as pessoas sairem de suas casas para virem visitar, se encontra ameaçado graças a todos os desequilibrios gerados por essa atividade que é o turismo e da qual ele não pretende participar. 

A Turismofobia pode ser curada através do contato humano, através do diálogo ou em caso de abuso e desrrepeito através do combate corporal, que pode ser perigoso e ter resultados negativos catastróficos e por isso não recomendamos. 








Através das novas tecnologias de relacionamento social, interesse no aprendizado de novos idiomas, diferentes tipos de culinária e peculiaridades cultural, o Turistofóbico pode amenizar os sintomas de raiva, ódio e impotência do qual padece e ampliar seus níveis de compreensão, até entender com seus próprios meios que cada ser humano é único, apesar do pirateamento criado por todas as camadas de crenças e obrigações que nos encarcera em uma nacionalidade e cultura e proporcionalmente nos exila e afasta de nossa humanidade, materializando a sociedade preconceituosa, racista, xenofóbica, cruel, sádica e assassina, que é a sociedade que temos em nosso planeta, ainda em pleno século XXI.








Certamente que quando as empresas de turismo, companhias aéreas e demais setores que lucram com todos esses eventos que geram especulações imobiliárias, caos social e que criam patologias como a turismofobia e turismolatria, não encontrem pessoas que se humilham para serem seus clientes, consumir seus pacotes e oportunidades de aquisição de produtos e tenham sérios prejuízos porque a humanidade já não se sujeita a ser "turista", para logo ter de ser humilhada em aeorportos, submetida a um tratamento vexatório, xenofóbico, racista que a nivela com terroristas, simplesmente por querer tirar férias, certamente que estaremos evoluindo como sociedade e as corporações terão de reformar seus dogmas de tratamento, para com aqueles que acreditam ser seus escravos, que é o que de fato, cada um de nós em algum nível, uns mais, outros menos, ainda é nessa realidade e por isso sem dinheiro e sem passaporte, ninguém pode ir muito longe de casa.






Até o próximo texto e canalização periódica, queridos leitores, amigos e patrocinadores.

Namastê,
Ruy Mendes - Abril 2019.

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