sábado, 28 de novembro de 2009

Conto Premiado em 2007 Pela CBJE - Selecionado pela Embaixada da Cidade do Cabo (África do Sul) para particpar da FLIP 2007

JABOATÃO ou A TURMA DE PIEDADE.




Na década de noventa, na pequena cidade de Jaboatão dos Guararapes no estado de Pernambuco, os rapazes e meninos da classe media local, eram diferentes dos adolescentes e jovens paulistanos com quem eu sempre me relacionara e havia me acostumado. Além de mais simples e corajosos, possuiam em sua essência caiçara, a malandragem das periferías, somada ao cheiro de sal do mar em suas peles queimadas e em seus cabelos duros, por vezes parafinados ou simplesmente curtos, quando não raspados.








A essência machista e debochada desses garotos competitivos, que passavam o dia na praia de Piedade, era o que mais seduzia as meninas locais, que todas as manhãs se reuniam em frente á barraca do Gordo, um comerciante rude e ignorante, dono de um pequeno bar improvisado entre madeiras, telhas e os restos de um trailer, onde moravam com ele esposa e filha. Sua esposa era uma pessoa simples, de cabelos encaracolados e curtos, olhos claros e simplorios, cheios de piedade e devoção. Por não possuir os dois primeiros dentes permantes da parte superior de sua boca, os jovens e frequentadores do local a chamavam de “Milliúm”. (1001). Pois o desenho de sua estrutura dentaria quando sorria, formava, “um, zero, zero, um” entre os dentes que tinha e os que não.





A filha do casal era gorda, e não devia ultrapassar quinze anos de idade. Contra sua vontade e a mando do pai e da mãe, realizava o trabalho de garçonete do bar, que era na areia da praia, praticamente sozinha e sempre com a cara fechada, de mau-humor, espantando por diversas vezes os turistas que se sentiam mal tratados e mal atendidos pela adolescente calada e insatisfeita. Esses então iam beber e comer nos bares vizinhos e concorrentes, deixando assim que o bar do Gordo fosse frequentado apenas pela turma local que ali havia crescido.



Era depois das onze horas da manhã que os jovens e rapazes daquela turma, chegavam para seu banho de mar e para paquerar as meninas que ali se econtravam desde as nove, tomando sol e conversando sobre os eventos da noite anterior, sobre os possíveis romances e azarações.




A maioria desses jovens estava sempre de ressaca, pois o consumo de cerveja e a resistência para as misturas de cachaça, royphinol, maconha e destilados, era de impressionar qualquer sujeito resistente e adepto as alterações de frequência do sistema nervoso e cerebral. A receita para curar a rebordosa do dia anterior era sempre a mesma; Um mergulho generoso no mar de Piedade e um gelado copo de cerveja acompanhando um café da manhã pobre em nutrientes e ricos em calorias, materializados em queijo qualho assado na brasa, amendoim torrado ou cozido, ovo colorido, torresmo, e sanduíches que eram preparados pela “Milliúm”, na chapa enferrujada, velha e suja de gordura que havia no bar do gordo.


Devido ao seu alto teor oleoso e as azias muitas vezes provocadas em alguns, esses sanduíches tinham o apelido de “Chernobíll”, fazendo um paralelo com o acidente radioativo que havia ocorrido na década de 80, na respectiva cidade da antiga e extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.
Como em todas as turmas e grupos, entre esses jovens, meninos e meninas, havia os mais carismáticos, os mais valentes, os menos queridos, aqueles que eram de fora, de outros bairros, os que haviam crescidos todos juntos, estudado nas mesmas escolas e tido as primeiras experiências sexuais, sociais e culturais mais ou menos na mesma época. Eram esses jovens e adolescentes conhecidos e chamados como: Emersinho, Beto Legião, GT, Jorge Cabelera, Dinho, Edmário, Juno Bala, Léo Mala, Léo Cana, Bú, Valpertan e muitos outros nomes e apelidos diferentes, que tentavam definir a personalidade de seus respectivos donos. Suas idades variavam entre quinze e trinta e poucos anos, com a excessão de Valpertan que atingia a casa dos quarenta. Ainda assim a maturidade espiritual entre todos era a mesma e a energia que fluía predominantemente, era de competição, deboche, sarro, solidariedade, machismo e entorpecimento.

Entre as gurias havia Carol, Valéria, Duguinha, Viviane, Barbinha, Dianne, Camila, Peggy, Kilmara, Kiúcha, e muitas outras que faziam da turma de garotas da praia de Piedade, famosa em toda Recife e principalmente na praia de Boa Viagem.



De todas as coisas que as pessoas aqui descritas neste conto gostava, a que mais alimentava seus anseios e excitavam seus sentidos primais era o Carnaval. O que ocorria do mês de abril ao mês de novembro, não significava nada em comparação com o que acontecia em seus corações e mentes a partir do mês de dezembro e durava até as primeiras semanas de março. Embalados pelo ritmo do reggae, do frevo, do maracatu e do manguebeat que acabara de ser criado por Chico Science e seus amigos, os jovens pernambucanos se nutriam de preconceitos e maldizeres com o crescimento do carnaval baiano e ritmos como Axé e Samba. A turma de Piedade parecia entrar em transe nessa época do ano e não havia provas escolares, recuperação de verão ou castigo imposto pelos pais que os impedissem de fazer parte desse frenesi coletivo, que nos demais estados fora do nordeste, acontecia durante apenas 4 dias. Até porque a grande maioria desses jovens, estudava apenas até a quinta série ginasial, quando muito faziam o colegial e desistiam da busca de conhecimento acadêmico nos primeiros anos da juventude, em nome dos prazeres sensoriais que desde criança tomavam posse e se sentiam descobridores e proprietários.



Eram três meses de “arreação”, bagunça e libertinagem sem limites. Os rapazes faziam questão de romper seus namoros para saudar a chegada do carnaval sem compromisso, solteiros e disponíveis. Fato esse que não os impedia de terem crises de ciúmes, chegando por vezes ao extremo de agredir fisicamente suas “namoradas” que também pretendiam aproveitar o festival carnal que acontecia no interior e exterior de cada ser que ali habitava.
Com as festas de carnaval a partir de dezembro e o grande aumento do turismo nas regiões de Recife, Olinda e na praia de Boa Viagem, os hotéis de luxo ficavam cheios e os moradores locais, comerciantes e ambulantes de Jaboatão e região, ganhavam mais dinheiro e assim ficavam felizes. Juntamente com isso cresciam as vendas ilícitas e as ocorrências de roubos, vandalismos, violências de variados tipos que apesar de sérias e muitas vezes irreparáveis, não tinham força o bastante para afetar a alegria do carnaval e seus pacotes de nocividades e sensações frenéticas.




Foi numa tarde ensolarada de carnaval e inoscente vadiagem etílica, que vi pela primeira vez que as transgressões da nossa turma de Piedade, podiam ir além das nossas divertidas bebedeiras e entorpecimentos previsíveis. Era comum em Jaboatão, em Recife e no Nordeste de uma maneira geral, as famílias possuírem armas em suas casas, muitas vezes mais de uma, de variados calibres e modelos. Era comum também se justificar a posse dessas armas como necessidade de segurança e proteção, como se dessa forma a energia masculina e destemida que habita o coração do nordestino, pudesse atravessar os séculos e manter viva a realidade incosciente coletiva por detrás da lenda de Lampião, Maria Bonita e todo o bando.



Era fim de tarde e estavam todos na areia da praia, em frente ao Bar do Gordo, já sem dinheiro para cervejas e comes, quando ao olhar para o lado direito da entrada da praia, todos que ali estavam puderam avistar Bú, “Marcelo Loko” e o irmão de Dianne, “Geraldo Caveira”, dono desse apelido devido a sua magreza raquítica e chamativa. Vinham os três juntos, ebriamente cambaleantes e sorridentes, falando alto e chamando a atenção de todos, devido a um grande volume que Bú carregava nas mãos e que mais parecia uma pequena bola de futebol de salão como as usadas nas aulas de educação física da escola. Ao se aproximarem e se acomodarem nas mesas e cadeiras que ficavam espalhadas em frente a casa do Gordo, berraram para esse pedindo cerveja e disseram alto em tom de deboche que pagariam cervejas para todos ali presentes. Foi uma comemoração geral e todos os clientes que estavam no bar ficaram muito felizes.





Aquela imensa esfera rodeada de elásticos eram notas de R$100,00 reais. O Real era a moeda nova que a equipe econômica do Presidente Itamar Franco e de seu ministro Fernando Henrique Cardoso haviam acabado de criar havia bem pouco tempo. Pela primeira vez em quase vinte anos o nosso país possuía uma moeda forte e nesta época de seu lançamento era cotada em Ufirs e por algum tempo seu valor monetário ficou equivalente ao dólar.

Foi uma fase de prosperidade para todo o Brasil, inclusive para Bú e “Marcelo Loko” que naquela tarde, graças a Emersinho, pois esse emprestara a arma calibre 45 de seu pai, puderam com a ajuda de “Geraldo Caveira” assaltar todos os postos de gasolina e pelo menos duas farmácias que iam do bairro de Candeias, até a divisa de Jaboatão dos Guararapes e a praia de Boa Viagem, em Recife.









 

Regados a cerveja, cachaça e a todos os tipos de porções e guloseimas que a “Milliúm” podia preparar a festa de comemoração de Bú, “Loko” e “Caveira” seguiu até as primeiras horas da madrugada, sem que esses permitissem que nenhum cliente que se chegasse no bar pagasse nada. O carro que haviam roubado para a execussão de seus projetos no bairro estava estacionado há algumas quadras de onde ficava o bar do Gordo na praia. Nele, “Marcelo Loko” havia esquecido a cartela de royphinol que haviam tomado antes do tal “serviço”, com o telefone de Valpertan anotado a caneta azul, caneta essa que se encontrava no bolso de “Geraldo Caveira”. Foi somente quando quiseram tomar mais comprimidos durante a festa no Bar do Gordo, que Marcelo se lembrou que havia esquecido a caixa do remédio no carro que estava há algumas quadras e resolveu então se dirigir rapidamente até lá, para ver se ainda conseguia resgatá-la. Ainda que alertado por Bú sobre o fato de que poderia colocar tudo a perder se voltasse até o carro, o vício e o desejo por royphinol falou mais alto e depois de uma pequena discussão amigável entre os dois, com passos ligeiros Marcelo, fazendo jús a seu apelido, foi correndo até a quadra onde se encontrava o automóvel que haviam usado.



Há menos de 50 metros de distância do judiado automóvel, o envelhecido jovem pôde observar a movimentação policial em torno do veículo á tempo de se proteger ajeitando o boné que usava na cabeça e que havia pego emprestado durante a festa no bar.

Tirando sua camisa como se fosse mais um frequentador da praia, interessado na movimentação policial, pode se juntar aos transeuntes curiosos e se colocar a par do ocorrido como se não soubesse nada, ainda nutrindo em seu desejo interior, a possibilidade de pegar a cartela de remédios tarja preta que tanto amava.



Pequeno não foi o seu espanto quando ao se aproximar da movimentação do local, pôde ver seu amigo de infância, Valpertan, algemado no banco detrás da viatura, com os olhos inchados e cheios d’água. Sentiu um peso enorme dominar-lhe a região de seu chacra laríngeo e uma vontade enorme de fugir, ao mesmo tempo em que queria tirar seu amigo de lá. Porém ja era tarde e Valpertan o reconhecera devido ao corpo esguio e magro. Seus olhos se fitaram por poucos instantes, até que Marcelo despertasse para a gravidade da situação e em passos largos e rápidos retornasse para o bar do Gordo na praia.









Quando lá chegou, a novidade era total! Todos já estavam sabendo que a polícia havia entrado na casa de Valpertan de forma violenta, e este havia sido preso em flagrante por ter em seu armário aproximadamente um quilo de maconha. Ao encontrar o número telefônico na cartela de Royphinol esquecida pelos três no carro, a polícia levantou o endereço referente e não teve dificuldades para encontrar um, senão culpado, amigo dos que haviam cometido os diversos crimes que abalaram Jaboatão naquela tarde.





Ainda assim, Valpertan cumpriu pouco mais de dois anos de reclusão em regime fechado, sem jamais revelar a identidade de seus amigos de infância. Tempos depois, nunca mais voltei a Pernambuco, e soube pelos raros contatos que tive depois de minha volta para São Paulo, que a turma de Piedade nunca mais existiu, ou jamais foi á mesma.



Ruy Mendes – 23 de abril de 2007

R.M. Médico Animósico - Novembro de 2009





quarta-feira, 11 de novembro de 2009

The Ice O Lator - A Máquina que faz Haxixe.


Ice o lator... A Máquina de fazer Hashish.


Na Espanha, cada pessoa que more em uma casa ou apartamento que não tenha crianças, pode ter até quatro pés de cannabis, (“maconha”) em casa. Eu não faço apologia de nada que não seja yoga & massagem, mas o que aconteceu comigo essa semana merece uma crônica aqui no blog.


Fui visitar o amigo de um amigo que tem fama de ser o Mago ou o aprendiz de Mago, o cara da galera que mais sabe e melhor sabe tudo sobre as plantas.









É muito interessante entender o “maconheiro” fora da ótica da criminalidade e da vagabundagem e dar a esse sujeito, que em minha opinião pode ser considerado o “herói da resistência”, a ótica mais adequada de botânico, adicto, apaixonado, tarado, ou Mago enfim.






Cada país tem uma forma de abordar a erva segundo a Lei dos Homens e cada pessoa tem uma forma de se relacionar com ela. Ainda que você não fume e não goste de maconha, seguramente nas suas relações sociais e culturais, de alguma forma já viu, pegou, ouviu falar ou tem um amigo que usa ou é apaixonado. Quanta gente vi pelo mundo, de todas as idades, ostentando num gorro, numa camiseta aquela folha de cinco pontas e ao olhar para cara do sujeito me perguntava, será que ele sabe que folha é essa estampada?




Pensando bem, a Maconha está para o ocidente como Budha para o catolicismo. Quero dizer que, ainda que tenha havido a inquisição e todas as tentativas do império ocidental católico e judaico para emplacar uma versão dos fatos da história do mundo, O Budha é um fato que não deixa dúvidas que, existiram muitos outros iluminados, muitos outros Avatares além do Jesus Cristo ou Moisés e mais ainda, o Budha nos mostra que esse Avatar pode ser qualquer um de nós.



Na nossa cultura há pelo menos 5 mil anos, a maconha sempre foi tida como uma poderosa matéria prima, muito antes de começar a ser fumada. Mas foi depois de fumada e adotada por pelo menos 10% da população mundial é que de 80, aproximadamente 100 anos para cá uma eficiente campanha de "endemonização" da erva começou a se instalar nos impérios do ocidente e essa curiosa planta, passou a ser tratada como objeto de ódio, perseguição, fetiche e adoração por muitos.



Ao mesmo tempo em que em alguns a erva causa náuseas, tonturas e até surtos psicóticos, em outros ela causa calma, fome, estado de graça e relaxação. É sempre uma loteria incluir qualquer droga, mas principalmente a maconha em nossas vidas por que a diferença entre a erva companheira e a mão que conduz a coleira é bem tênue.

 Na casa do amigo do amigo, além de um jardim projetado para as plantas, ele tinha uma máquina que se chamava Ice O lator. Pouco maior que uma cafeteira a máquina fazia o melhor Hashish de toda Europa, podendo uma grama chegar a custar até 60 pounds (240 reais).




Fiquei lá na casa do Mago umas duas horas admirando plantas, tomando água e conversando sobre cultivo com o dono da casa. Quando eu perguntei se ele sabia fazer hashish é que me mostrou a máquina e ainda disse: “- Espera aí, vamos conversar de haxixe agora”:
Entrou ele num dos quartos da casa e em 5 minutos, voltou com uma madeira do tamanho de uma taboa de passar roupa e nela diferentes coadores de café espalhado pela superfície e em cada um desses coadores, constava uma fase da preparação da curtição do hash. O domínio do Mago com as plantas era tanto que ele era capaz de saber e controlar o teor de THC de cada fase do haxixe. Eu nunca tinha visto nem em Amsterdam algo com tamanha precisão. O Mago era tão dedicado, tão matemático, que se igualava a um cavalheiro para com as damas. Durante a conversa, percebi que a realidade da maconha ao redor do mundo, vai muito além do que eu pensava. Eu estava em contato direto com os homens que tratam desses negócios a nível mundial europeu. Mas o mais interessante é que isso acontece, sem que esses sujeitos tenham o menor interesse em ser homem de negócios.





Nessa hora lembrei que uma das maiores preocupações de minha adolescência, pelo menos dos 15 aos 19 anos, era que o Denarc enfim conseguisse erradicar a maconha do planeta. Isso realmente era importante pauta de meus pensamentos quando era bem novo.




Naquele momento na casa do Mago, me lembrei disso que sentia e já não recordava. Então percebi que essa erradicação que sempre vi os delegados do Brasil prometerem nos programas de auditório é tão inviável quanto conseguir fazer as pessoas pararem de matar animais para comer e se alimentar.



Diferente dos perfis de pessoas que comandam a plantação e a venda de fumo em nosso país e em nosso continente, na Europa quem planta, usa, são uns tiozões que se você olhar pela rua num da nada, tem residência, trabalho, casa, filhos. Poderiam ser o seu tio ou o seu pai, ou ainda qualquer um desses homens que trabalham e vivem com um pequeno diferencial de serem Canbinômanos.



Esses caras podem até plantar e vender marihuana por dinheiro, mas a verdade é que suas vidas tomaram esse rumo por que conseguem obter resultados das plantas que outros não conseguem.

Esses homens em 5 minutos de contato com um pé de cannabis podem saber o tipo, se está sendo bem tratada, se precisa de sódio, de mais ou menos potássio e etc. São como médicos e entram no negócio das plantas não por dinheiro, mas por que seu talento os encaminhou para isso.




Esses sim são verdadeiros heróis da resistência. Com toda a publicidade e todas as negativas possibilidades que plantar maconha incluem na maioria dos países do mundo, esses homens se disfarçam no seio das sociedades, passam por moralistas e vivem seus karmas de fiéis cidadãos pagadores de seus impostos, ovelhas do establishment, mas intimamente cultivam uma paixão pela planta de cannabis e preparam toda sua vida de maneira a estreitar os vínculos com a planta de forma que a sociedade não saiba.






São mestres do disfarce e da paciência. Trabalham para não deixar rastros, pistas, vestígios, aromas ou qualquer outra coisa que possa incriminá-los. Vivem como produtores e diretores dos bastidores de um showbizz, Onde a planta é o astro, os usuários a platéia e eles o Cérebro por detrás daquele entretenimento todo.






Isso me fez pensar:

Quantas invencionices aceitamos como verdades, para preservar o caos em que vivemos e perpetuar esse como a única possibilidade?







Quanta gente foi privada da liberdade e misturada a criminosos por causa dessa plantinha?




Quantas tecnologias e mentiras, nós temos de assimilar desde a antiga china, onde constam os primeiros registros do uso de cannabis para cosméticos, remédios e relaxamentos, até a invenção do Ice O Lator, a máquina de fazer Hasish?
















Nossa incompetência e limitação enquanto seres humanos, nasce da crença num “Eu” diferente do outro.



R.M. – Médico animósico - novembro de 2009







Visualizações de páginas da semana passada