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quarta-feira, 6 de maio de 2015

Breve Relato Sobre a Proibição da Maconha no Brasil


A primeira vez que se proibiu a Cannabis, maconha ou o Canhâmo no Brasil foi só em 1830 quando o conselho municipal do Rio de Janeiro, emitiu uma lei que proibía o uso de Pito-de-Pango (Cannabis normal fumada em uma pipa ou cachimbo com água) assim como o seu uso e ou presença em qualquer local público.



Qualquer pessoa que fôsse autuada em flagrante usando ou comercializando o Pango poderia ser multada com 20 mil réis (uns 40 dólares no câmbio de 1830) e qualquer escravo negro ou pessoa pobre que o consumisse e fôsse pego, poderia ser condenado a uma pena máxima de até 03 dias de prisão.




A planta que conhecemos como cannabis não é autóctona do Brasil e ainda que a ciência não saiba explicar exatamente de onde essa planta veio ou de que parte do planeta, no caso do Brasil, durante o século XVI, provavelmente vieram as primeiras sementes da África, para fins recreativos, religiosos e medicinais, uma vez que nessa mesma época os negros eram enviados para trabalhar nas plantações de cana de açúcar no nordeste do país, local que até hoje mais tem tradição e história com o plantio e uso da maconha.







A lenda nos conta que as sementes eram introduzidas através de "bonecos de pano" que iam atados a roupas dos escravos. Outro indício que a maconha foi introduzida no Brasil vinda de África é que a mesma até o século XVIII era conhecida como Fumo-de-Angola entre outros nomes africanos como: Diamba, Liamba, Riamba, Ganja, Maconha, que são todas palavras derivadas do Ambundo, Quimbundo e outros idiomas que ainda existem na atual Angola e Congo.


A chegada da maconha no Brasil em dita era foi apenas um passo a mais na agenda de expansão de sua propagação por todo globo terrestre no intuito de desvirtuar suas propriedades medicinas, terapêuticas e tranformá-la em "droga" dos Pobres para dividir as classes trabalhadoras de maneira a manter essas controlada por sentimentos de racismo e distorção.

A maconha tampouco é uma planta original da África, o que certamente fez com que ela chegasse ali através de comerciantes árabes e da Índia.
 
 



Depois de subir por toda costa oriental e chegar a grandes centros de Comércio como Zamzibar e a ilha de Moçambique, a maconha e sua cultura fascinante, pegajosa e penetrante, subiu pelo rio Zambese e desceu pelo rio Congo, até a costa ocidental de áfrica meridional de onde então viajou até o Brasil.
Foi em Angola que as autoridades coloniais Portuguesas pela primeira vez impuseram as primeiras proibições ao uso da cannabis por parte dos escravos;
Se considerava um "delito" observou o explorador David Livingstone em 1857 afirmando que: "Essa erva perniciosa é muito utilizada nas tribos do interior" - (o que corresponderia mais ou menos a zambia atual).

Outro explorador aponta que;

Apesar da proibição dos Portugueses, a Diamba se vendia muito no Mercado de Luanda e se cultivava em torno as cabanas das aldeias em praticamente todo o país.

A vida de várias das tribos do Congo girava em torno a cannabis, sua plantação, cultivo e uso, onde se fumava com regularidade em uma Riamba (uma cuia grande com mais de um metro de diâmetro) e se venerava deuses através desse tipo de ritual rupestre usando erva, fumaça, fogo e etc.

Durante o auge das plantações de cana de açúcar no nordeste do Brasil colonial, era habitual que os proprietários de escravos disfrutassem fumar seu "puro", feito de tabaco de Havana enquanto permitiam a seus escravos cultivar e consumir cannabis.



A substânvia era muito utilizada nos Quilombos que eram as Comunidades de escravos fugitivos, assim como entre os pesacadores, estivadores, jornaleiros, para mais tarde ter seu consumo extendido através da população autóctona e local.

O uso da maconha também era bastante popular e constituia uma forma de socialização em circulos semi-ruralizados, de fumadores que se reuniam ao terminar do dia de trabalho, em Assembléias, assim como ocasionalmente também para algumas práticas religiosas africanas como a Umbanda e o Candomblè.


O uso da maconha que se identificava com a cultura e a medicina tradicional afro-brasileira, estava e sempre esteve mal vista pela elite branca principalmente a de caráter religioso.

Os participantes do 1º Congresso Afro-Brasileiro que aconteceu em Recife em 1934, o qual assistiu Gilberto Freire, indentificaram a Maconha como Peça chave da tradicional cultura afro-brasileira.

Gilberto Freire Opinava que a cannabis era uma forma de resistência cultural africana no nordeste brasileiro.











Infelizmente, não foi essa escola cultural afro-brasilianista que restaurou ou restaura ainda hoje a herança da cultura africana no Brasil mas sim a elitista que dominava o discurso científico, acadêmico, racista, corporativo e oficial.




Um influente grupo de médicos da raça branca se reuniu e afirmava estar "preocupado" com o futuro, o bem estar e a saúde da "raça brasileira".

Afirmavam simplesmente de forma REPETITIVA, publicitária e taxativa, sem espaço para questionamentos, que o uso da Cannabis era um "vício". Entre esses senhores de mentalidade abstrata e interessada, se incluia famosos da época dos meios acadêmicos principalmente médicos psiquiátricos, que hoje sabemos ser a maior de todas as fraudes e embustes da medicina secular contemporânea.









Nesse congresso, esses senhores da elite branca brasileira Discursaram sobre o "vício pernicioso e degenerativo" da cannabis, como se fôsse uma vingança e um alerta aos "negros" e "hispânicos" com amor e carinhode seus selvagens civilizadores brancos e "bonitos".

Curiosamente a primeira análise feita no Brasil sobre a cannabis, se tornou a referência mundial de estudos sobre o tema durante décadas.
 













De maneira jocosa e ridicularizante, sem considerar a história, a cultura, o folclore e as religiões antigas, Chamaram a maconha de "Ópium-do-Povo" já que se utilizava principalmente entre as classes mais humildes, escravos, delinquentes e grupos marginalizados pela sociedade.

Foi essa perspectiva que dominou o tema sobre as drogas e a maconha até mais ou menos a década de 1960, comparando a cannabis com o "ópium" e fazendo propaganda de seu teor "adictivo e viciante", para hoje querer dar a ela estatus de "droga" como o é a Cocaína e a Heroína, para não dizer as drogas legais como coca-cola e derivados do açúcar com potencial viciante muito mais alto e nenhum teor terapêutico, medicinal curativo.

Chegaram ao cúmulo de tentar usar a maconha para justificar enfermidades de idiotice, retardamento mental, violência, sensualidade desenfreada, loucura e degeneração sexual, mental e racial.




Os usuários de Cannabis eram visto como pessoas enfermas e desajustadas, até que em 1932 a planta foi finalmente considerada "estupefacente", droga cujo uso e venda ficaram proibidos de maneira totalmente definitiva em 1938. Desde então sustentamos essa realidade ridícula que é a "proibição" e "guerra-contra-o-tráfico".

 Ok, até aqui não há muitas novidades.

Todas as informações acima foram tiradas de uma revista especializada sobre o tema.



A questão que creio que nós ativistas, médicos, profissionais de saúde, usuários de cannabis, entre outros devemos tratar é:



¿Quanto nós (realmente) evoluímos e o quanto fomos ENGANADOS, desde então até aqui? E quem vai pagar ou ressarcir a nós por esse engano?

Quanto mais contato temos a respeito das verdades sobre a maconha e o quanto ela é potente na cura contra o câncer, entre outros fatores de caráter substancial a felicidade e equilíbrio harmônico do Homem com a natureza, mais fica claro que quando a verdade estiver ao alcance de todos, como a cada novo dia está, não sobrará pedra sobre pedra no que tange a "moral" da comunidade médico-científica e da mentalidade por ela propagada nos últimos 100 anos a respeito de "saúde".

O mesmo vale para as religiões cristãs, o vaticano e a Verdade por detrás do Cristo.
as mentiras que essas enterprises terrestres sustentaram durante milênios para criar ordas de seguidores ou consumidores, não ficará impune.

Qual é a realidade que o Brasil sustenta hoje referente a cannabis e outras drogas que são proibidas a revelia por orgãos do governo de maneira a criar lucro no mercado ilegal, aumentando a capacidade de vigiar e punir do governo, desunindo as massas de maneira a melhor governá-la e controlá-la?

A grande verdade é que cada estado do Brasil além de viver em diferentes épocas no que tange os corpos sutis emocionais e mentais, tem uma relação diferente e histórica seja com a maconha seja com a corrupção policial.

É extremamente complicado para os políticos e autoridades de ordem STO (Service to Others) falar a Verdade ao povo Brasileiro uma vez que esse não os respalda e como aconteceu na revolução francesa, podem mudar de idéia de um minuto a outro e mandar a guilhotina, o mesmo sujeito que a minutos atrás "apoiavam".

De fato o povo brasileiro não tem preparo nenhum no que tange o ativismo político e a luta pela garantia de direitos democráticos e tudo o que estamos vendo hoje que vai de Olavo de Carvalho a lobão, de Rede globo a instintuto Milleniun, se trata disso. Manipular e dopar o gigante de maneira que ele continue dançando a mesma música, porém com "roupas" diferentes.

Enquanto o indivíduo não aceita que é parte numa conspiração de reciclagem de almas, que mantém O povo Brasileiro dentro de uma perspectiva existencial onde ser "safado" e "sem vergonha" é o correto, que se importa com a novela e com ser parte da programação e do coletivo, muito mais do que em ter conhecimento, praticar a paz, a justiça e a liberdade, o indivíduo segue refém do coletivo e a burrice segue governando ambos. é importante realizar o quanto um individuo é tão poderoso e merece tanto respeito quanto as massas, por maior que essa sejam.

E antes de me "agredir" por esses conhecimentos, essa visão e palpite, lembre-se que nosso povo não é culpado disso, uma vez que os povos que chegaram nesse nível de responsabilidade e consciência de si mesmo, o fizeram graças a guerra e por métodos bastante dolorosos.




O Brasil é uma realidade 3D criada justamente para que todos os potenciais bélicos e destrutivos sejam incapazes de vencer ou destruir a "graça", a "zueira", a "comédia", o eterno sentimento que todo Brasileiro é portador de que; "Vale a pena ser um babaca, um egoísta ou um mentiroso se todas as pessoas gostam de você e te acham engraçado".

Outro dia mesmo numa discussão do facebook falávamos sobre essa capacidade que nosso povo tem de não se importar com a mentira e focar apenas nos resultados numéricos de seus pseudo-sucesso e falsos argumentos.

As pessoas que foram educadas pela TV e sem livros não estão aptas a diferenciar verdade de mentira, informações verdadeiras de verdades profundas, "sucesso-e-popularidade" de felicidade, assim como detectar o próprio ridículo e talvez por isso sejam pessoas tão destrutivas e ridicularizem a tudo e a todos que não entram em seu sistema de crença, modelo mental e "cartilha-social", sem considerar que são os maiores praticantes e baluartes daquilo que dizem "Lutar-contra" (corrupção).



De todas as lutas sociais que nosso povo e país enfrenta a mais correta seria a legalização das drogas e a total liberalização e comercialização da Maconha.



Isso apenas não é feito, principalmente por 2 motivos: Por que as indutrias farmacêuticas Quebrariam e por que o Povo que deveria operar mudanças para sua classe, ama sua própria burrice e está disposto a morrer lutando pela perpetuação dessa. O povo está divido seja por classes, seja pela PROGRAMAÇÃO que inculca valores falsos e mentirosos em suas programações existenciais, consciência de si mesmo, assim como conceitos de prosperidade.



É graças aos Políticos e Grupos de Sábios que estão no governo do Brasil nos últimos 12 anos que nós hoje podemos falar sobre esse e outros temas sem medo de ser "fuzilado" seja pelo escárnio de um povo ignorante movido a uma mentalidade de rebanho, seja pelo moralismo e almas recicladas de católicos, obreiros e industriais reencarnados na classe média e alta paulistana.

De fato unir-se por uma causa universal ao alcance de todos sempre foi a melhor forma de emancipar-se dos governos regressivos e obscuros. Na revolução da independência Americana, menos de 4% da população lutou contra os Colonizadores e a causa usada foi os abusivos impostos cobrado sobre o chá, que é outra erva de uso medicinal terapêutico e ou recreativo utilizado de forma milenar com total êxito pela raça humana.


Lembre-se que toda essa palhaçada que nós conhecemos como "Guerra-contra-as-drogas" (e hoje se transformou na guerra contra o "terrorismo-islâmico"), se sustenta com informações mentirosas baseadas numa medicina materialista-científica fadada ao fracasso, com 2 mil anos de história  menos de 500 anos de aplicação teórica e prática, se formos considerar que ela nasce com Hipócrates.

A maconha é uma planta e medicina com registros de usos e curas ha pelo menos 6 mil anos considerando a Medicina Tradicional Chinesa, Ayurveda, Medicina Atlante, antiga e Afro-Brasileira.

Usar as informações da "medicina" convencional para afirmar que a maconha é "droga" e deve ser "proibída" mais do que estar profundamente equivocado em níveis milenares é assinar atestado de burro, repetidor e bórrego-matrixiano. Desafio todos os "Médicos" acadêmicos a lutarem nessa guerra, independente do lado que escolham, todos nós sabemos que será a VERDADE a grande vencedora.

Muito mais importante do que "bater panela" e exigir um país com "menos corrupção" (como se essa nascesse "no estado" e não nas pessoas) é você mesmo ser menos corrupto, mentiroso, maria-vai-com-as-outras e deixar de seguir a onda dos "protestos" de forma publicitária e midiática, para por fim buscar a verdade e eleger em que plataforma de protestos e reivindicações você quer realmente evoluir seja desde uma perspectiva meramente cidadã-política, seja desde uma perspectiva espiritual transcendental e existencial.

Deixem de uma vez por todas, de tentar ser "famosos" e "admirados" e dediquem-se 100% a serem de verdade Justos, Sábios, conhecedores de si mesmo e profundamente FELIZES.

Ninguém poderá com vocês quando for assim, acreditem.

que Deus abençoe a Todos.

Namastê
Ruy Mendes - Maio 2015

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