Ao longo desses 44 anos de vida neste corpo físico que habito e escrevo a vocês, agora mesmo, jamais imaginei que teria de assimilar os aprendizados que venho acumulando, de um período de poucos anos para cá mais precisamente, no que diz respeito a personalidade das pessoas e a capacidade delas de mentir, enganar, fingir, dissimular e trair, tanto quanto compreender que algumas pessoas, entre as quais se incluem amigos, ou ex amigos, parentes, admiradores, alunos e pacientes, precisam fazer mal ao próximo para darem sentidos a suas vidas e sentir-se regozijados de alegria. A prática do mal é o sentido da vida das pessoas falsas, vitimistas e mentirosas. O que me faz pensar no famoso ditado, que diz que: "A vida começa aos 40".
Em nosso post de hoje, também apresentamos mais um vídeo de nosso canal, que dá título a nossa postagem. Assistam:
Parece que foi ontem que eu era apenas um adolescente sonhador em um quarto confortável dentro da casa de minha mãe em um bairro de classe média da zona sul da cidade de São Paulo. Confesso que cresci assustado graças a toda violência que em São Paulo se distribui e se consome, seja através dos televisores, seja em família, da comida que se come na mesa, seja através da vida em uma metrópole urbana de um país de 3º mundo que idolatra o crime, a mentira, o banditismo, a prostituição, a homossexalidade e a violência. São Paulo compõem os amálgamas conscienciais atômicos de tudo que foi a Babilônia em sua orgia e decadência.
Eu acreditava piamente que era amado, respeitado e admirado, por aqueles que se diziam meus amigos, por meus familiares e parentes, o que de forma homeopática ao longo da vida e graças as minhas escolhas, eu fui compreendendo que não era o que teve como resultado, a perda de contato com praticamente todo mundo.
Parecia e as vezes ainda parece que todas as pessoas no Brasil sofrem dessa patologia de ser invejoso, falso e fingir-se de amigo, ou cobrir de elogios verbais, enquanto por dentro coleciona as mais delirantes críticas e desaprovações, ou pior ainda, fica fantasiando com você, te desejando sexualmente em segredo, quando não também o fazem com a sua namorada, como era comum, fazerem com a minha por volta dos 20 anos.
Não existia nada mais nojento e constrangedor que saber que seus amigos desejavam sua namorada e ficariam com ela, se ela tomasse a inciativa.
Em São Paulo erámos todos atores e atrizes, infelizes, cheios de ódio e frustração, tentando interpertar com seriedade o personagem que escolheu, normalmente através da profissão, para esconder de todos o ser obscuro(a) e malvado(a) que alberga na alma.
Isso se tornou São Paulo e o Brasil para mim desde aqueles áureos tempos.
Com o passar do tempo essa atitude de falsidade se estendeu também nas relações profissionais, o que fazia com que eu preferisse estar cada vez mais tempo, seja fora da casa de minha mãe, seja longe da cidade de São Paulo e dos círculos sociais que ali aprendi a frequentar, por mais saudades que eu sentisse de estar na presença dela e com ela em nosso apartamento em São Paulo.
Talvez a melhor coisa que tenha me acontecido na adolescência, foi perder minha namorada aos 16 anos, o que me fez ir viajar sozinho para acampar na Ilha Grande, na região de Angra dos Reis, no Estado do Rio de Janeiro, onde eu não conhecia nada, nem ninguém e pude começar uma vida nova e diferente, desde o zero, como é necessário a todo aquele que deseja evoluir e compreender o sentido da vida e não sabotar sua missão encarnatória, no planeta Terra, como acontece com a grande maioria, congestionando a roda das encarnações vindouras.
Talvez graças a proximidade com o oceano, os cariocas e ilhéus que eu ali conheci e viriam a ser parceiros e amigos por um período de longos anos, tinham uma forma de ser que era mais agradável que os paulistanos de meu bairro que eu acreditava serem meus "amigos".
Enquanto os cariocas eram abertos, bem humorados, com espírito esportivo e de caserna, além de mais generosos, agregários e familiares, pelo menos para comigo, os paulistanos e as pessoas de minha família eram ora caipiras, ora competitivas, mal humoradas, cafonas, de cara fechada, ou tirando sarro de tudo e de todos, sempre sofrendo de complexo de superioridade, mania de perseguição ou complexo de vítima e necessitando sempre competir, se autoafirmar, fazer sarcasmo ou contar vantagem de todas as coisas que lhe aconteciam.
Eu pensava na época que era uma pessoa feliz e afortunada por ter tantos círculos sociais variados e por viver na casa de minha mãe com tanto conforto e sem precisar pagar contas, até mudar esse cenário para um camping onde viveria por vários meses, realizando assim meus primeiros trabalhos para garantir minha sobrevivência, o que hoje vejo o quanto falta, a maioria dos jovens da atual geração Millennial.
Meu 1º trabalho foi distribuir panfleto para a Esfiharia em frente da escola, aos 12 anos de Idade. Dos 14 aos 16 eu fui office boy, vendedor de título de clube de campo, o que durou uma semana, recepcionista de escritório de consultoria.
Até que ao ir para a Ilha Grande por 1ª vez em 1997, tive a oportunidade de ser Garçom, ajudante de cozinha, faxineiro, zelador de camping, assistente de pedreiro, panfletário, host na porta do restaurante, vendedor de passeios turísticos de barco. Esses foram os primeiros ofícios que eu me dediquei a realizar lá na Ilha Grande para garantir meu custo de vida e meu sustento, mudando completamente minha forma de vida em comparação com que havia sido em São Paulo e ampliando minhas possibilidades de conhecimento e experiência, como sempre em todos os tempos é o que um jovem deve fazer.
Ao contrário da atual geração, nós não estávamos buscando fama, nem likes ou comentários. Nossas relações eram 100 por cento reais e não havia nada de virtual, o que nos fazia parecer mais bípedes e mais humanos, que essa atual geração, que parece ser um tanto animalizada, em níveis psíquicos, ou regressiva, graças a manipulação de sua sexualidade.
Mas como sempre, a vida me surpreenderia e seria mais genorsa do que eu estava esperando, mostrando que o que Eu era em essência, era o extremo oposto de toda aquela humildade que eu praticava com alegira e amor no coração, na ânsia de garantir minha sobrevivência e aprender de tudo um pouco, para garantir melhores oportunidades no futuro.
Me lembro perfeitamente da noite em que estava deitado dentro de minha barraca de camping, olhando o céu estrelado através da tela anti-mosquito que era o forro do teto da barraca que estava retirado. Eu tinha tido um dia feliz de descanso na praia de 02 Rios que era 02 horas de caminhada para ir e mais 2h para voltar. Estava cansado, havia acabado de jantar e estava fumando um cigarro de palha, enquanto olhava as estrelas, pensando no dia maravilhoso que tinha sido e percebendo a sensação de felicidade dentro de mim.
Não havia minha mãe entristecida com lágrimas nos olhos, nem meus irmãos mortos de inveja de mim e de nossa mãe por nossa paz de espírito, trancados no quarto, seja se drogando e consumindo pornografia, como sempre fez o Paulo, seja escutando Spice Girl com volume alto, como o Pedro sempre fazia, pra incomodar todo mundo. Não havia "amigos" falsos seja de infância, adolescência e juventude, te ligando, querendo te chamar para fazer as coisas, ir em festas, comprar e usar drogas.
Naquele momento eu me dei conta de que eu era minha única fonte de felicidade e que todo aquele universo paulistano que foi minha vida até então e incluía família, parentes, colegas e amigos, havia desparecido por completo por um período de meses, o que hoje em dia não acontece, graças as redes sociais.
Graças a Deus não havia esse monte de tecnologia que nos une, mas também destrói. Eu tinha de ir ao "orelhão" que era o como as pessoas chamavam o telefone público naquela época e ligar a cobrar para minha mãe, para contar as novidades. Não existia prazer maior que ouvir a voz de minha mãe feliz pelo telefone, graças a minhas histórias e meus logros, tentando sobreviver fora de casa. Minha mãe tinha passado a vida com depressão desejando a própria morte e naqueles momentos eu percebia o quanto eu tinha a capacidade de fazer ela feliz e sentir a alegria dela naqueles momentos, me faz feliz até hoje lembrar.
Me lembro quando estava deitado na barraca aquele dia e pensei comigo:
"Se eu posso ser feliz dormindo nessa barraca e passando o dia nessa Ilha, eu posso ser feliz em qualquer condição".
De alguma forma a barraca de camping e a ilha, apesar do desconforto, pareciam algo muito mais interessante e mais justo, do que o conforto do excelente aparatamento onde vivíamos em São Paulo pelo qual eu não pagava nada, por mais que ajudasse minha mãe as vezes, pagando contas aqui e ali, mas sem nenhum compromisso, menos ainda cobranças..
Eu tinha diálogos íntimos comigo mesmo onde quase sempre me dava conta, que eu jamais poderia dar para mim o mesmo padrão de vida que minha mãe nos dava, se dependesse de meu salário e renda. Eu percebia claramente que minha existência acontecia entre a cruz e a espada que é a pobreza e a classe média e que certamente meu futuro em São Paulo, poderia terminar na mesma periferia onde morava o porteiro do prédio e eu tinha claro que eu não queria isso para mim. Afinal não faz sentido. A Classe média é um meio termo que nos deve conduzir a classe rica, jamais o contrário.
Independente do trabalho que eu fizesse para garantir minha sobrevivência, fazia com interesse, com vontade, afinal tudo aquilo era uma novidade, inclusive estar sozinho e longe de São Paulo, morando em uma barraca de camping meses seguidos e ter de ser responsável pelo meu sustento.
A minha energia, a minha alegria, o meu carisma, minha gratidão, o meu entusiasmo, a minha vontade de agradar e ser prestativo, honesto e sincero, era percebido pela maioria das pessoas que encontravam em mim um sujeito além de útil, esforçado, talentoso, ainda que um pouco atrapalhado, e profundamente leal.
Um dia trabalhando como garçom em um famoso restaurante da Ilha Grande, os músicos que estavam se apresentando fizeram uma pausa e como não havia muito movimento no restaurante pois ainda era cedo, estávamos no início da jornada e eu pedi humildemente se poderia "dar uma canja" como eles dizem no jargão popular dos músicos, o que foi permitido e eu subi ao palco e comecei a tocar e cantar.
Nessa época, eu já tinha sido introduzido ao universo da música eletrônica e tinha meu cabelo tingido de cor verde, tanto quanto piercing no queixo e os lóbulos das orelhas alargadas, como um autêntico imbecil daquela época que se achava um cara "descolado", pelo fato de frequentar clubs e festas de música eletrônica, o que na época ainda era uma novidade.
Os músicos daquela noite era o falecido Marcelo Russo, famoso na Ilha por seu repertório de samba, bossa-nova e MPB acompanhado por um amigo e vizinho na ilha, que era um sujeito gordo meio afeminado, que tinha um baita vozerão.
- "Você quer dar uma canja, mesmo"? Me perguntou o gordo
simpático com seu vozeirão, o que eu respondi afirmativamente e ele me anunciou: "Pessoal, nós vamos fazer uma pausa, mas vocês ficam com a canja do Supla, nosso garçom".
O público aplaudiu, eu tirei meu avental e apoiei a bandeja que segurava, encima de uma mesa e me coloquei no cenário, sentado em um banquinho no palco, para tocar violão e cantar no microfone.
As pessoas realmente não esperavam muita coisa de mim com aquela aparência e certamente pensavam que eu ia tocar alguma música pop da legião urbana, ou do Rappa, que era a moda do momento, mas eu toquei Mutantes. Toquei Tom Jobim. Steve Ray Vaughan, Beatles, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Clube da Esquina, Bob Marley, Michael Jackson, Vinicíus de Morais, Chico Buarque, entre vários outros que compunham meu repertório na época, e ainda compõem, o que certamente foi uma surpresa para todos e parte das pessoas foi ao delírio.
Pela primeira vez em minha vida eu estava sendo aplaudido e celebrado por centenas de pessoas, com o tempo experimentando o que era ter fãs e admiradores, de meu repertório musical e de minhas apresentações musicais. Os clientes do restaurante já me perguntavam cada dia: "E aí, vai dar uma canja, hoje?"
Naquela 1ª apresentação: Minha canja durou algo em torno de 40 minutos, pois os músicos estavam cansados, tocavam todos os dias por várias horas e tinham fome, o que os fez comer enquanto desfrutavam o repertório inédito na Ilha, me admirando surpresos, como todos que estavam na plátéia, graças a um repertório fora do comum para as pessoas da Ilha, tanto quanto meu talento tocando e cantando, também eram reconhecidos e apreciados.
Daquele dia em diante, eu não era mais apenas o "Supla-garçom", mas passei a ser o "Paulissssta" que era garçom e dava "canjas musicais" no intervalo dos músicos oficiais da casa, que eram anunciadas pelos músicos locais como "A canja do Supla", de maneira frequente, sempre que os músicos precisavam fazer um intervalo, o que certamente começou prejudicar meu ofício de garçom para que o músico que eu era e sou até hoje de vez enquando, pudesse acontecer.
Um dia, na platéia, um jovem carioca, alto, grande, gordo, desengonçado, sempre com um sorriso na cara e fazendo piadas de tudo, aparentando menos de 30 anos de idade, que ostentava garrafas de champanhe e uísque em sua mesa e se chamava Nathan, elogiou muito meu repertório e me chamou para sentar em sua mesa e tomar algo com ele.
O Nathan era chamado por todos na ilha de "Gordo Loko", estava sempre visivelmente alterado pelo uso de cocaína e estava abrindo um restaurante naquela temporada de verão em que eu cheguei pela 1ª vez na Ilha. O restaurante dele seria inagurado em poucos dias e era uma creperia, chamada Pirata, em uma das ruas principais da Ilha Grande, que como a maioria sabe é uma ilha que não circula automóveis, mas apenas pedestres.
O Nathan disse que queria que eu fosse no dia seguinte fazer um show no restaurante dele, justo no meu horário de trabalho como garçom. Me ofereceu o que na época seria 100 reais de cachê e uma consumação no restaurante com direito a jantar. Meu senso de responsabilidade e fidelidade era tanto que eu não achava certo deixar o trabalho braçal, para ir fazer um trabalho artístico. Não enxergava a diferença entre uma coisa e outra e minha prioridade sempre era agradar meus chefes e ser reconhecidos como alguém útil, fiel e prestativo, ainda que eu jamais tenha sido puxa-saco.
O "Gordo-Loko" então falou que falaria com o "argetino" que era o dono do restaurante onde eu trabalhava para me liberar naquele dia o que foi feito e no dia seguinte eu estava lá, trabalhando como músico exclusivamente e não apenas dando canja, recebendo cachê por isso e tendo meu jantar daquela noite garantido. Minha alegria realmente era imensa. Como eu sempre quis que minha mãe um dia fôsse a Ilha Grande ver tudo aquilo.
Modéstia a parte, apesar da má qualidade do instrumento que me empresataram, dos amplificadores e do microfone que improvisaram para eu fazer aquele meu 1º show, a apresentação foi muito bem feita, o público ficou bastante satisfeito com meu repertório e fui bastante aplaudido, por horas ovacionado com o coro do público me acompanhando em cada refrão. Não demorou muito para começar a ser convidado pela pizzaria, pelo bar da esquina, por outros restaurantes que faziam shows de música, até chegar os donos de barcos da ilha, que faziam passeios turísticos pelas praias e ilhas de Angra dos Reis e da Ilha Grande, o que para mim foi como ser catapultado a um novo nível de vida, pois com o dinheiro que eu fazia tocando e cantando, podia pagar todas minhas contas, melhorar da barraca, para um quartinho, podia fazer planos de ir passar o fim de semana no Rio de Janeiro e voltar para Ilha na segunda feira.
Eu tinha 16 ou 17 anos apenas e manifestei para mim uma vida de "artista", que em São Paulo seria impossível, devido a distância e a forma de ser das pessoas. Em São Paulo tinhamos que mendigar as pessoas para que viessem em nossas festas e eventos. Na Ilha Grande as pessoas vinham pedir para você tocar no evento delas e te pagavam.
Em resumo, diferente de São Paulo, que era gigante, onde tudo era longe, caro e você necessitava de carro (o que eu não tinha até os 22 anos de idade) para ir e vir, na Ilha eu conseguia tudo com muito mais fluidez, facilidade e tranquilidade.
Eu não sentia falta de São Paulo, nem de meus amigos, parentes e irmãos ou de minha rotina na cidade. A única pessoa que eu morria de saudade era minha mãe, minha avò e minha tia Milú, com quem falava todas as semanas por telefone, o que nos mantinha em contato, de alguma forma presente e dava para aguentar. O sentimento de felicidade de minha mãe, cada vez que eu regressava a São Paulo depois de uma temporada mínima de 03 meses na Ilha, era realmente o sentimento de amor e alegria, que eu mais sinto falta e o que eu melhor experimentei, nessa vida.
Minha alegria de ter me radicado na ilha durante aquela temporada, além de curar minha depressão por ter perdido minha 1ª namorada, Marina, fez de mim uma nova pessoa, totalmente distinto daquele paulistano que estagiava em rádio e TV, produzia festas e dava seus primeiros passos, seja no mundo da Yoga, seja da música e cultura eletrônica, que ainda não havia sido sequestrada pela cultura woke e todas as pragas do arco-íris.
Naquela fase da vida, tudo era experimental e não havia uma relação profissional com quase nada. Foi a possibilidade de começar a ser músico nos passeios de barco, para um grande público de turistas, inclusive estrangeiros, que me fez pensar pela primeira vez em "Profissionalismo", o que considero que naquele momento, deu certo. O triste dessa fase da vida para mim, foi entrar em contato com o ego de outros músicos, que ficavam claramente enciumados, e se sentiam ameaçados por eu ser um forasteiro que roubava a cena deles, quando na verdade havia fatias do bolo de trabalhos de músicos na Ilha, para todo mundo. Não era minha culpa se meu repertório era diferenciado e gerava mais trabalhos para mim.
Estive frequentando a Ilha Grande em Angra dos Reis, de meus 17 até mais ou menos 23 anos de idade e infelizmente quase não tenho fotos dessa fase da vida, uma vez que na época, as máquinas fotográficas eram geringonças incomôdas de carregar.
Cada temporada de verão lá eu estava, para realizar esses trabalhos, seja como Zelador no Camping de seu Palma e seus filhos que me acolheram, seja como músico da Ilha, o que com o tempo seria acrescido dos trabalhos como DJ e também como professor de Yoga.
Enquanto meus amigos de São Paulo passaram essa época de suas vidas estudando em uma faculdade para ter um diploma e um emprego, eu tive na Ilha Grande o meu próprio "Campus Universitário Experimental", que fez com que minha saída da adolescência e entrada na vida adulta, acontecesse de uma maneira harmônica, frugal, tranquila e natural, enquanto meus amigos paulistanos, iam ficando cheios daquilo que chamo de "sequelas da vida universitária" ou simplesmente a ressaca de se viver em uma grande metrópole, durante seu processo de amadurecimento.
Hoje em dia quando vemos que as universidades no Brasil se transformaram em centro de lobotomia ideológica que prostitui e homossexualiza a juventude e faz com que a direita política tenha sido simplesmente banida da realidade universitária e seja proibida e censurada, compreendo do que meus guias espirituais e meus ancestrais estavam tentando me proteger, me levando para outro estado bem longe da casa de minha mãe em São Paulo e mostrando para mim como a vida realmente acontece e como as coisas devem ser.
Cada vez que eu regressava a São Paulo depois de meses na Ilha, o abismo entre eu e os "amigos" paulistanos, só fazia aumentar.
Minha mãe certamente era a única pessoa que ficava feliz pelas minhas escolhas e em escutar minhas histórias. Minha mãe certamente era a única pessoa que torcia por mim, ao contrário de meus irmãos e amigos, que pareciam sentir raiva, desdenhar, tirar sarro, fazer piada, ou simplesmente não apresentar qualquer forma de interesse, seja por mim, seja pelas coisas que eu fazia. Muito pelo contrário, o onteresse do Paulo era cada vez mais a pornografia e as drogas que ele sustentava atrás da faixada de "jornalista" ou "vídeo repórter" e do Pedro a homossexualidade, que começava a brotar na juventude dele graças as sementes plantadas pelo Maurício de Souza, pelo Walt Disney em pelas Spices Girls.
O fato de eu fazer coisas diferentes, como passar meses fora de São Paulo trabalhando em uma Ilha no Estado do Rio de Janeiro e depois de meses voltar, bronzeado, nitidamente mais feliz que os paulistanos e cheio de histórias novas que eles não haviam participado, para contar, parecia gerar irritação nos amigos paulistanos, que tinham que fingir interesse e respeito por mim, sem negar a curiosidade a respeito do que eu estaria fazendo durante tantos meses longe deles.
Ainda assim apesar do fingimento, não se pode mentir as energias e foi doloroso o processo de perceber aos poucos e ter de aceitar de uma vez por todas, o que só veio acontecer na Espanha, que meus amigos não gostavam de mim e interpetavam nossa amizade a maneira deles, sem jamais admitir que eram falsos, interesseiros, competidores e grandes traidores, como são quase todas, se não a totalidade das pessoas que nascem em São Paulo e no Brasil.
Isso acontecia justamente porque os amigos paulistanos, eram todos reféns de seus empregos, de seus portfólios, da classe social que pertenciam seus pais, de suas carreiras universitárias, pós-graduação, doutorado e mestrado, das quantidades de dinheiro que faziam em abundância todos os meses e dos perigos que a cidade os impunha a cada novo dia de trabalho ou de descanso.
Eu ainda não entendia que São Paulo tanto para mim quanto para eles, era uma verdadeira prisão e casa de tortura e que minhas escolhas me estavam afastando daquela realidade que eu não sabia que era um campo de concentração de reciclagem das almas de gente muito má e perversa, enquanto meus amigos e parentes se comprometiam cada vez mais com tudo aquilo e se aprofundavam nessa paulistaneidade, da qual eu passei a sentir vergonha e até ser um pouco alérgico.
Era comum depois de meses convivendo na Ilha ser influenciado pelo sotaque carioca, o que me fazia sentir um tanto ridículo, pois meu pai, caipira do interior de Mairinque, no estado de São Paulo, forçava o sotaque carioca e era ridículo.
Por volta de meus 23 anos de idade, eu já era um produtor de TV, assistente de direção, produtor de eventos, ilumminador, técnico de áudio, um músico (de vez enquando) e um DJ bem sucedido, o que fez que tanto o universo paulistano, quanto o universo da Ilha Grande do qual eu havia aprendido me beneficiar por largas temporadas de verão, começassem a ser insuficientes ou pelo menos sem graça.
Eu já havia saído do Brasil de férias aos 22 anos e tive a oportunidade de conhecer a Espanha, a França e a Holanda e foi nessa época que estive em Barcelona pela 1ª vez e me apaixonei pela cidade sem realmente saber ou sequer admitir. Mas considerando o jovem "bem sucedido" que eu era graças a meu emprego, profissões e toda aquela vida de badalação, não fazia sentido querer começar uma vida do zero através de subempregos, no exterior mais precisamente na Espanha.
Me lembro de passear de ônibus por Barcelona, ainda como turista no ano de 2002, pensando e sentindo, como deviam ser mais felizes aquelas pessoas, pelo simples fato de viver rodeado daquela arquitetura, antes mesmo de ter experimentado sua culinária e cultura. Eu tinha certeza que jamais poderia viver em Barcelona e me daria por satisfeito se pudesse passar férias na cidade cada 02 anos, porque também tinha claro no meu coração que aquele era um lugar incrível, certamente o que eu mais gostaria de viver na vida, se comparado com todos os lugares que eu tinha visitado.
Eu só visitaria Barcelona outra vez, ainda como turista, no ano de 2008, onde fiz umas férias de 03 semanas, antes de partir para meu destino, que era Ibiza e mantive uma relação de amor e proximidade com a cidade até vir definitivamente em 2010 para permanecer até os dias de hoje, graças a Deus e a mim mesmo.
Aos 22 anos quando estive pela 1ª vez em Europa, como turista, percebi que meu inglês era bastante pobre e deficitário. Ruim mesmo e que eu não entendia bulhufas quando as pessoas falavam. Querer falar bem inglês era algo que eu sempre tinha desejado, principalmente por que minha mãe, falava fluentemente, graças ao fato de ela ter vivido por quase 02 anos nos EUA quando tinha por volta de 23 anos de idade. E foi aí que eu decidi vender tudo que eu tinha e ir estudar inglês em um país de língua inglesa.
Claro que eu queria ir a Londres, mas o preço do intercâmbio em Londres, era simplesmente 03 vezes mais caro que nos outros lugares. Os EUA, eu não tinha interesse nenhum em ir e até hoje não tenho e não sei porque é assim, o que me fez optar pelo Canadá, que me negou o visto de entrada e me deixou bastante triste. Você paga 300 dólares para pedir o visto e eles tem o direito de negar, para que você pague outra vez e eles digam "sim". Aquilo me deixou bastante frustrado, pois eu tinha meu dinheiro contado e curto, para fazer tudo que queria.
Foi nesse momento que a senhorita Renata, que era a atendente da STB (Student Travel Bureau) que ficava na Rua Estados Unidos, atrás de nossa casa e estava me vendendo o curso de intercambio, me sugeriu de ir fazer inglês na África do Sul, onde não pediam visto para Brasileiros e podia (ainda pode) ficar até 03 meses. E o melhor, fazer o curso na África do Sul era 03 vezes mais barato, do que no Canadá.
Poderia ter feito o curso em Pretória, em Johanesburgo, em Durban, mas eu fiquei mais animado e interessado em ir para Cidade do Cabo, certamente por causa do oceano índico.
Em momento nenhum passou pela minha cabeça que a África do Sul é na África, que aquele é o continente mais pobre do mundo e que a maioria das pessoas ali eram negras, o que até hoje me dá a dimensão, do quanto nunca fui racista e nem destratei pessoas ou me senti incomodado por elas, por causa de sua cor de pele ou por sua pobreza. Eu sempre amei cuidar e ajudar das pessoas, de maneira que o que elas eram por dentro e por fora, sempre me importou pouco, o que certamente atraiu dezenas de vampiros e vampiras desonestos e mal intencionados, seja para dentro de minha vida, seja para ajudar através de tratamentos medicinais naturais que são a Anemosía Cuántica e ser traído ou abandonada por elas, felizmente.
CELA ONDE DORMIU POR DÉCADAS NELSON MANDELA |
ROBIN ISLAND: PRESÍDIO ONDE ESTEVE NELSON MANDELA |
Karina e Rebeca <3 |
Eu no Cabo da Boa Esperança: O extremo sul do continente africano. |
Depois de 03 meses aprendendo inglês no cidade do Cabo na África do Sul, regresso ao Brasil por um curto período para viver em Búzios, no Rio de Janeiro, atuando majoritariamente como Músico durante o dia e Dj durante as noites. Ali em Búzios na Região dos Lagos do Estado do Rio de Janeiro, fiz o dinheiro necessário para ir a Índia, aprender Ayurveda e fazer o curso de treinamento em Yoga para professores que ali realizei, para logo ir a Londres por um mês de férias, depois Ibiza, o que durou 02 anos, até chegar em Barcelona, em 2010, onde estou até hoje, graças a deus e meus ancestrais.
Depois de todos esses anos, confesso que não tenho mais a menor vontade de seguir vivendo. Penso constantemente na morte, em colocar fim a minha própria vida, pois não me interessa envelhecer além de meus 44 anos. Menos ainda viver em um mundo de adolescentes prostituídos e homossexualizados por Jesus e pelo sistema. Ao mesmo tempo, confesso que não tenho coragem de tentar colocar fim a minha própria vida por conta própria, por medo de não conseguir e ter de seguir vivendo sequelado, dependendo da ajuda de terceiros. Mas a ideia da eutanásia assistida, confesso que me atrai muito e tenho buscado informações nos países que a proporcionam.
Tudo o que eu quis fazer nessa vida, foi feito. A única coisa que tem me mantido vivo é o desejo de ser escritor, único sonho que ainda não consegui realizar, uma vez que apesar de escrever, editar e produzir livros, não tenho quase leitores dos mesmos. Meus leitores estão aqui no Blog e talvez no canal de Youtube e meus livros são ilustres desconhecidos do Grande Público.
E infelizmente parece que meu pequeno público, pelo menos a parte que se dá a conhecer, não está feito de mentes pensantes ou de pessoas com sede de sabedoria, verdade, autoconhecimento em sua maioria, mas majoritariamente de adolescentes revoltados, jovens tardios infelizes e velhas senhoras comunistas com diploma em Reiki, que fazem questão de afirmar constantemente, o quanto não tem o menor interesse e jamais terão, seja em Yoga, seja em Terapias e ainda burlam de mim por eu querer vender meus serviços, como se eu devesse sentir vergonha de querer trabalhar, divulgar meu trabalho, oferecer ele as pessoas, o que talvez seja um sinal do quanto meu futuro como escritor em idioma português está fadado ao fracasso, uma vez que cada vez menos pessoas lêem livros físicos, clássicos e feitos de papel, em nosso mundo, principalmente no Brasil, que ainda é uma meca de analfabetos e semi analfabetos funcionais, infelizmente.
A Grande verdade é que, mesmo que um dia eu venha a ser um grande best-seller reconhecido como Agatha Christie ou Paulo Coelho, quando a alegria de viver é destruída dentro do coração de um ser humano, nada é mais importante para ele que a própria morte assim como nada é mais desejado e esperado que esse grande evento. Uma vez instalado o desejo de fim dentro de um coração humano, não existe nenhuma forma de alegria, capaz de desintalar essa programação. E curiosamente, tudo acontece dentro de uma paz e claridade mental profundas e tremendas. Não é um desejo de morte por raiva, cansaço, amargura, ou tristeza, mas simplesmente por ter compreendido e experimentado perfeitmamente o quanto tudo sem excessão nessa matrix de realidade é ilusão, engano e mentira.
Desde meus 42 anos de idade, tenho cada dia mais claro o quanto essa realidade, esse mundo, essas pessoas, se tornaram desagradáveis e desinteressantes para mim, mas não tenho ódio nem raiva delas. É um simples desejo de não habitar o mesmo planeta e fazer de tudo para esquecer que essa realidade e essas pessoas realmente existem, pois isso não deveria ser. Tanto certos tipos de pessoas como essa realidade física, são anomalías que jamais deveriam existir e apenas existem para que o mal esteja controlado e muito bem ocupado, na periferia de tudo que é o amor infinito que ele deseja destruir, como obra maestra.
"Logo mais tô chegando!" |
Talvez esse seja o grande problema de expandir demais a consciência. Fica claro para você que nessa realidade tudo é mentira e ou ilusão. Essa realidade foi criada por e para as mulheres e somente elas é que necessitam de uma realidade física e de uma linha temporal linear, pois perderam totalmente a conexão com o espírito, a ponto de idolatrar um ser crucificado e crer que esse é o "salvador", quando na verdade, crucificar seres é o que as mulheres faziam no matriarcado e ao invés de enterrar os mortos, ficavam assistindo ele agonizar e apodrecer e por isso Jesus ainda é adorado até hoje. Porque crucificar pessoas era o prato do dia das mulheres. Abortar fetos foi um invento posterior a esses rituais de tortura feito com crianças e adultos, principalmente os que nasciam homens.
Isso me faz pensar, quando eu era adolescente e não tinha muito controle de minhas faculdades mediúnicas, como a Projeção Astral e Lucidez Extrafísica. Eu passava longos períodos sem ter nenhuma experiência e elas aconteciam em períodos homeopáticos e me questionava, "Porque meus guias espirituais não fazem mais dessas experiências de projeção astral, que eu gosto tanto?"
Na época eu já intuia a resposta, que é a verdade que tenho hoje. Quanto mais lucidez extrafísica uma pessoa desenvolve assim como domínio da faculdade de projeção astral, podendo sair do corpo de forma lúcida com frequência sempre que queira, mais confirmação ela tem de que a morte não existe e mais desinteressante, desconfortável e desagradável, o mundo material físico se torna, devida as imensas limitações que ele impõem, em comparação com dimensões etéreas que estão além da mera daulidade.
Eu confesso que tenho cada vez menos interesse em sustentar esse corpo nessa realidade, ou estar dentro dele nos momentos em que estou desperto. É muito mais interessante manter esse corpo dormindo e estar fora dele em meu corpo sutil de maneira lúcida fazendo coisas muito mais interessantes e com muito mais sentido, que a realidade material, que cada vez mais se confirma, como um campo de concentração das almas e dos corpos que necessitam trabalhar e pagar, para seguir existindo. Quanto mais lucidez extrafísica, mais fica claro a natureza da realidade física, totalmente vinculada a escravidão. Todas as formas de felicidade na realidade material, são consolos para a perda de conexão com a espiritualidade.
Foi por isso que eles não exageravam nas experiências de teor extrafísico na minha adolescência, para que eu não perdesse a vontade de seguir vivendo naquela época, como está acontecendo agora, com 44 anos, onde esses processos se incrementaram bastante.
Ainda assim, entre o desejo profundo de eutanásia e o desejo do Grupo de Sábios de que eu siga até a 3ª idade nesse planeta, escrevendo esse blog e realizando meu trabalho, confesso que não sei o que escolheria, se o governo da Espanha, da Suécia ou da Holanda me ligassem amanhã dizendo que meu pedido foi aceito e eles me darão a injeção, com toda segurança, sem dor, sem sofrimento e sem nenhuma forma de sequelas.
Jamais passou pela minha cabeça que uma pessoa que é capaz de realizar todos os principais sonhos a que se propôs em sua juventude como eu fiz, chegará a idade madura e velhice, mais interessado na própria morte, que em qualquer outra coisa. Não existe amor de mãe, irmã, esposa ou de filho, capaz de gerar mais interesse em um Sábio para com eles, do que para com a morte do próprio corpo físico e o fim da própria existência na realidade física e por isso uma das principais bandeiras defendida pelo nosso Blog é o direito a eutanásia livre, o que em países como a Espanha, Holanda e Suécia, já se encontra em franco desenvolvimento, para alegria das pessoas que não conseguem ou não podem ser felizes em uma realidade onde tudo é mentira e ilusão, pois o amor infinito está constantemente sendo destruído, pelos ladrões, pelos pedófilos, pelas prostitutas e pelos homossexuais.
Infelizmente essa é a verdade que todas as pessoas que buscarem sabedoría em suas existências, vão encontrar. Essa realidade física é uma anomalía que não deveria existir e apenas existe, por que gigante é o número de almas enfermas e retartadas que estão no orbe e precisam dessa realidade encarnada, para se dar conta do lixo que são. De tudo de mal que são capazes de fazer.
Nossas vidas nesse planeta não se trata de "vibrar em amor e ser lindo", mas sim de reconhecer todo o lixo obscuro que habita dentro de nossas almas. Quando você já realizou esse serviço para você mesmo, fica difícil encontrar prazer na existência física, da mesma maneira que nenhum ser humano se joga no chiqueiro, por amor aos porcos, ainda que algumas pessoas possam fazer isso em um canil, por amor aos cães.
Apesar de tudo isso, de momento seguiremos em contato e trabalhando o máximo possível, justamente para não sucumbir ao desejo precoce de fim instantâneo da realidade física.
Esperamos que o vídeo e testemunho canalizado e escrito em nosso blog no dia de hoje, seja do agrado de nossos Leitores e Leitoras.
Saudações cordiais e muito obrigado.
Ruy Mendes - Junho 2024.