quarta-feira, 11 de novembro de 2009

The Ice O Lator - A Máquina que faz Haxixe.


Ice o lator... A Máquina de fazer Hashish.


Na Espanha, cada pessoa que more em uma casa ou apartamento que não tenha crianças, pode ter até quatro pés de cannabis, (“maconha”) em casa. Eu não faço apologia de nada que não seja yoga & massagem, mas o que aconteceu comigo essa semana merece uma crônica aqui no blog.


Fui visitar o amigo de um amigo que tem fama de ser o Mago ou o aprendiz de Mago, o cara da galera que mais sabe e melhor sabe tudo sobre as plantas.









É muito interessante entender o “maconheiro” fora da ótica da criminalidade e da vagabundagem e dar a esse sujeito, que em minha opinião pode ser considerado o “herói da resistência”, a ótica mais adequada de botânico, adicto, apaixonado, tarado, ou Mago enfim.






Cada país tem uma forma de abordar a erva segundo a Lei dos Homens e cada pessoa tem uma forma de se relacionar com ela. Ainda que você não fume e não goste de maconha, seguramente nas suas relações sociais e culturais, de alguma forma já viu, pegou, ouviu falar ou tem um amigo que usa ou é apaixonado. Quanta gente vi pelo mundo, de todas as idades, ostentando num gorro, numa camiseta aquela folha de cinco pontas e ao olhar para cara do sujeito me perguntava, será que ele sabe que folha é essa estampada?




Pensando bem, a Maconha está para o ocidente como Budha para o catolicismo. Quero dizer que, ainda que tenha havido a inquisição e todas as tentativas do império ocidental católico e judaico para emplacar uma versão dos fatos da história do mundo, O Budha é um fato que não deixa dúvidas que, existiram muitos outros iluminados, muitos outros Avatares além do Jesus Cristo ou Moisés e mais ainda, o Budha nos mostra que esse Avatar pode ser qualquer um de nós.



Na nossa cultura há pelo menos 5 mil anos, a maconha sempre foi tida como uma poderosa matéria prima, muito antes de começar a ser fumada. Mas foi depois de fumada e adotada por pelo menos 10% da população mundial é que de 80, aproximadamente 100 anos para cá uma eficiente campanha de "endemonização" da erva começou a se instalar nos impérios do ocidente e essa curiosa planta, passou a ser tratada como objeto de ódio, perseguição, fetiche e adoração por muitos.



Ao mesmo tempo em que em alguns a erva causa náuseas, tonturas e até surtos psicóticos, em outros ela causa calma, fome, estado de graça e relaxação. É sempre uma loteria incluir qualquer droga, mas principalmente a maconha em nossas vidas por que a diferença entre a erva companheira e a mão que conduz a coleira é bem tênue.

 Na casa do amigo do amigo, além de um jardim projetado para as plantas, ele tinha uma máquina que se chamava Ice O lator. Pouco maior que uma cafeteira a máquina fazia o melhor Hashish de toda Europa, podendo uma grama chegar a custar até 60 pounds (240 reais).




Fiquei lá na casa do Mago umas duas horas admirando plantas, tomando água e conversando sobre cultivo com o dono da casa. Quando eu perguntei se ele sabia fazer hashish é que me mostrou a máquina e ainda disse: “- Espera aí, vamos conversar de haxixe agora”:
Entrou ele num dos quartos da casa e em 5 minutos, voltou com uma madeira do tamanho de uma taboa de passar roupa e nela diferentes coadores de café espalhado pela superfície e em cada um desses coadores, constava uma fase da preparação da curtição do hash. O domínio do Mago com as plantas era tanto que ele era capaz de saber e controlar o teor de THC de cada fase do haxixe. Eu nunca tinha visto nem em Amsterdam algo com tamanha precisão. O Mago era tão dedicado, tão matemático, que se igualava a um cavalheiro para com as damas. Durante a conversa, percebi que a realidade da maconha ao redor do mundo, vai muito além do que eu pensava. Eu estava em contato direto com os homens que tratam desses negócios a nível mundial europeu. Mas o mais interessante é que isso acontece, sem que esses sujeitos tenham o menor interesse em ser homem de negócios.





Nessa hora lembrei que uma das maiores preocupações de minha adolescência, pelo menos dos 15 aos 19 anos, era que o Denarc enfim conseguisse erradicar a maconha do planeta. Isso realmente era importante pauta de meus pensamentos quando era bem novo.




Naquele momento na casa do Mago, me lembrei disso que sentia e já não recordava. Então percebi que essa erradicação que sempre vi os delegados do Brasil prometerem nos programas de auditório é tão inviável quanto conseguir fazer as pessoas pararem de matar animais para comer e se alimentar.



Diferente dos perfis de pessoas que comandam a plantação e a venda de fumo em nosso país e em nosso continente, na Europa quem planta, usa, são uns tiozões que se você olhar pela rua num da nada, tem residência, trabalho, casa, filhos. Poderiam ser o seu tio ou o seu pai, ou ainda qualquer um desses homens que trabalham e vivem com um pequeno diferencial de serem Canbinômanos.



Esses caras podem até plantar e vender marihuana por dinheiro, mas a verdade é que suas vidas tomaram esse rumo por que conseguem obter resultados das plantas que outros não conseguem.

Esses homens em 5 minutos de contato com um pé de cannabis podem saber o tipo, se está sendo bem tratada, se precisa de sódio, de mais ou menos potássio e etc. São como médicos e entram no negócio das plantas não por dinheiro, mas por que seu talento os encaminhou para isso.




Esses sim são verdadeiros heróis da resistência. Com toda a publicidade e todas as negativas possibilidades que plantar maconha incluem na maioria dos países do mundo, esses homens se disfarçam no seio das sociedades, passam por moralistas e vivem seus karmas de fiéis cidadãos pagadores de seus impostos, ovelhas do establishment, mas intimamente cultivam uma paixão pela planta de cannabis e preparam toda sua vida de maneira a estreitar os vínculos com a planta de forma que a sociedade não saiba.






São mestres do disfarce e da paciência. Trabalham para não deixar rastros, pistas, vestígios, aromas ou qualquer outra coisa que possa incriminá-los. Vivem como produtores e diretores dos bastidores de um showbizz, Onde a planta é o astro, os usuários a platéia e eles o Cérebro por detrás daquele entretenimento todo.






Isso me fez pensar:

Quantas invencionices aceitamos como verdades, para preservar o caos em que vivemos e perpetuar esse como a única possibilidade?







Quanta gente foi privada da liberdade e misturada a criminosos por causa dessa plantinha?




Quantas tecnologias e mentiras, nós temos de assimilar desde a antiga china, onde constam os primeiros registros do uso de cannabis para cosméticos, remédios e relaxamentos, até a invenção do Ice O Lator, a máquina de fazer Hasish?
















Nossa incompetência e limitação enquanto seres humanos, nasce da crença num “Eu” diferente do outro.



R.M. – Médico animósico - novembro de 2009







sábado, 17 de outubro de 2009

O Karma de Gilberto Gil

O Karma de Gilberto Gil



Você já ouviu Gilberto Gil? Conhece um pouco da obra dele?


Disse o Herbet Viana que: “Gilberto Gil é o Mestre Taoísta da Musica Popular Brasileira”!











Não da pra pensar em Brasil e não vir na mente a cara desse sujeito tocando violão, encolhendo os olhos e “passarinhando” com sua garganta sons agudos. Eu como fã escuto direto e sempre gostei muito e hoje refletindo sobre ele, sua biografia e sua energia, resolvi escrever. Confesso que já há uns dois anos que viajando busco no youtube, internet e etc... e nesses últimos tempos vi e descobri muita coisa sobre o cara, que surpreendentemente materializaram um encontro entre eu e ele, depois de um show.


Hoje, pensando nele e escutando “esotérico” veio essa idéia do “Karma de Gilberto Gil.”









 

Eu nunca vi o Gilberto Gil puto.





Nem quando rodou com a policia no sul (e fizeram uma reportagem de TV realizando um encontro entre ele e o policial, você pode ver no youtube). Ao mesmo tempo, vendo-o falar, tocar cantar, não é possível imaginá-lo fazendo algo mal feito.













Este homem carrega em sua gigantesca aura heranças etéreas das mais antigas tribos responsáveis pelo desenvolvimento espiritual das raças de nosso orbe. Desde tempos imemoriáveis, através de ritmos, sons, ruídos, cordas, batuques, as nossas células foram sendo envolvidas e preparadas para faixas vibratórias mais harmônicas que haveríamos de habitar quando nos tornássemos civilização e ele estava lá.





Este homem esteve presente encarnado no seio do avanço de nossa sensibilidade através da música clássica. Suas moléculas foram testemunhas do nascimento do jazz, do blues, deslizando vida após vida sem se apegar a opiniões e expectativas. E toda aquela calma vibra. Eu nunca cheguei perto do xico Xavier, mas se tivesse chegado, acho que teria sentido algo parecido com o que senti quando abracei Gilberto Gil, só que ampliando conforme o grau de pureza e avanço.






Nesse momento, cheguei a conclusão que Gilberto Gil, (E toda essa turma insuperável da bossa nova e tropicália) são espécies de “Bodhsatwas do Brasil”.







Pra quem não sabe, Bodhsatwas são seres extremamente evoluídos que poderiam habitar qualquer plano do espaço, mas habitam com um determinado plano inferior por amor até que esse evolua completamente.






De fato se a gente pensar que Gil e sua turma lutaram usando arte, música, espetáculo e não bombas é um exemplo e tanto para um povo que infelizmente ainda não conseguiu se organizar para acabar com a fome e com a violência.






Esse exemplo que fica do Bodhsatwas de que é possível se revolucionar em paz é a exata vibração do Homem. Eu estive com ele só essa vez depois desse show e vou contar como foi impressionante (principalmente do ponto de vista energético) bem simplificado pra não escrever tanto:






Eu tinha feito um poema ás pressas e fui a ultima pessoa a falar com ele no camarim. Entrei meio sem jeito e disse:




- Da lincença...






Ele me olhou, fitou, encolheu os olhos, parecia estar reconhecendo alguém, de verdade...







Eu me apresentei e lembrei que em 2007 na áfrica, tinha recebido uma email em nome dele, do ministério da cultura, por que tinha enviado meu livro e meus CDs quando lancei, de presente pra ele tipo meses antes. Tinha esquecido e foi uma surpresa imensa. Mas no encontro, eu falei que tinha enviado o livro e ele fez aquela cara de: - Aham, eu sei....rs








Ai eu disse: - “Queria pedir duas coisas, uma te dar um abraço e a outra recitar um poema.” Ele falou: - O meu filho, claro...






Eu recitei o poema até o fim, chorei de verdade, mãos tremiam. Não consegui falar nada do que “tinha ensaiado um dia” ou gostaria. Ele agradeceu. Pareceu comovido, mas altamente sereno e controlado e tinha os olhos amarelos brilhantes como uma pedra de mel. Pegou o poema nas mãos, disse que ia por num quadro em sua casa, eu ri. Demos três abraços sendo um longo e mais forte. Fizemos duas fotos. Saímos em direção ao carro que o esperava e tudo que eu tentei dizer a ele foi em vão pois, ele ia andando pelo corredor e se despedindo de cada pessoa pelo caminho.




Lamentei não ter uma cópia do poema e não tenho até hoje, dei a ele o “rascunho original” do que tinha escrito oras antes.Depois fiquei pensando:

-Quantas pessoas será que já recitaram poema pro Gil, buscando me sentir especial e ai percebi e me questionei: O que seria da Macrobiótica, do I-ching, do yoga, do violão, do meu imaginário artístico, da música e da poesia na minha vida e tudo que me faz gente se não fosse essa imensa influência.








Desde criança, eu olhava o Gilberto Gil, e achava ele belo e admirável. Na adolescência, eu achava feio fisicamente por que desenvolvi a minha vaidade, reparava a vaidade dos outros, mas me questionava sempre como aquilo não fazia a menor falta no caso dele, ele era simplesmente energeticamente sedutor.










Depois dos 20 anos de idade, eu olhava o Gil e o Caetano e achava os dois lindos e acho até hoje. Essa maneira de envelhecer, de enriquecer, de ser exilado, de voltar de cabeça erguida, de ser homem e mulher, de ter razão, e fazer polêmica, de ser criticado e criticar, de estar no mundo e ser de santo amaro, é toda a elegância que nosso povo e principalmente a finada classe média brasileira precisa.













Dessa forma, sinto que, a Hierarquia Universal trabalha com diferentes formas de anjos, “Mini-cristos”, avatares, bodhstawas, Mahatmas e outros evoluídos que encarnam e estes são os que nos ensinam como Gil. Penetram na cultura, na telenovela, no rádio, na trilha sonora. Criam tentáculos de fé positiva por todo o sistema cultural e social do país, depois do mundo todo. Com arte, deixa uma semente que vira uma marca, que se transforma em estilo, exemplo e mostra as pessoas quanto vale mais ser você mesmo custe o que custar.









A minha sensação no camarim é que estava diante de um gigante. (Claro que ao meu lado qualquer um fica gigante, mas eu to falando de outra grandeza). Eu senti claramente a aura de Gil iluminando a sala e ganhando as alturas. É realmente difícil ou impossível chegar perto daquela pessoa e não ter reações de encanto, de emoção. Foi como se todas as melhores músicas dele estivem ali diante de mim, já com cabelos brancos em lindos rastas, olhos que pra mim brilharam em cor de mel e um corpo forte que tinha acabado de pular e dançar muito no palco.






O Karma de Gilberto Gil é fazer o Brasil acordar. É mostrar que a pobreza, que a velhice, que a derrota, que o exílio, que unanimidade, a morte e a doença não são nada diante da fé (andar com fé eu vou, que a fé não costuma falhar...rs)






E o preconceito, a ignorância, a agressividade e outras faixas energéticas de nosso pólo negativo, ganharão novos primas de consciência, menos densos e telúricos do que os habitados até então.








Gilberto Gil é futuro. É como se os seres todos do amanhã deste planeta, devessem ser assim como ele, um pouco de tudo, já pensou?






R.M. – Médico Animósico – outubro 2009



sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Indagações sobre o que foi feito do Sagrado Feminino:

SAGRADO FEMININO


Depois do “Código da Vinci” esse termo “sagrado feminino” ficou em evidência, na moda. A Deusa e não mais um Deus passou a fazer parte das possibilidades de nosso imaginário divino desde então.


Durante pelo menos os últimos seis mil anos da nossa era, o mundo machista solapou humilhou e conquistou as mulheres e o mundo na base da porrada, da força, da mentira, do egoísmo. Há várias linhas de estudos que dizem que o mundo há mais ou menos 20 mil anos (outros dizem 20 mil eras) atrás, era matriarcal. As mulheres eram divinamente respeitadas graças á vida humana que saia de dentro delas.

A coisa começou a cambiar, quando os exemplares machos de nossa espécie começaram a perceber que para aquele barrigão surgir e a vida na terra prosperar, as Matriarcas dependiam da fornicação que rolava meses antes e da colherada de esperma que saia de dentro deles. Há quem diga que Atlântida foi o último baluarte dessas espécies já em decadência. Foi em Atlântida que a androgenia se transformou para sempre em feminino e masculino e estudantes mais ousados dizem ainda que, mais ou menos nessas eras, o homossexualismo nasceu: Como forma de se rebelar contra Deus e a criação e também como forma de rechaçar o poder das mulheres já que essas em suas barrigas podiam gerar a vida, enquanto os homens só geravam (até hoje só geram) coco (quase sempre mole).






Durante todos os últimos milênios, até décadas atrás, nos relacionamos com aquilo que foi estabelecido para homens e mulheres, meninos e meninas. Azul e rosa, cabelo comprido e cabelo curto, calça comprida e saia, brincos e acessórios, maquiagem e barba entre outras coisas, tudo define, ou definia o que compõem um homem, o que compõem uma mulher

.Deus não teria feito um ser tão aparentemente frágil e delicado, curioso e carismático como as mulheres, se não tivesse dado a elas o Ying da força descomunal que trazem que as faz perdoar, que as faz se vingar, que as faz dar a luz, que as faz ter ou perder escrúpulos, de uma maneira que os homens não conseguem tão bem.






Na mitologia grega o masculino é representado por Cronos ( o que devorava seus filhos) que é o Deus do Tempo e a mulher por Gaya que é a Deusa da terra (que deu luz a Zeus, filho de Cronos e esse, o destituiu do trono do Olimpo) Cronos, (ou saturno para o império romano, ambos são os mesmos), como também é conhecido, jamais se recuperou completamente dessa traição.



















Ora, os gregos possivelmente em sua sensibilidade hedonista devem ter percebido muito acertadamente que: O tempo não volta atrás e dá seus frutos de maneira bélica, sem se apiedar como disse Einsten. Já a terra, aceita de tudo que venha dos homens, dos céus, dos deuses. Precisa de muito pouco para frutificar, sementes que muitas vezes são até podres e desprovidas de esperança, em contato com boa terra se tornam grandes árvores, lindas flores, polpudos frutos e frutas.


A questão é que, depois de uma dezena de milênios de machismo e opressão as mulheres se tornaram socialmente livres, culturalmente independentes e autônomas, conquistaram um espaço na sociedade que destaca sua importância e papel energético insubstituível na evolução dos planos universais.






Porém não parecem satisfeitas ou mais felizes com essas conquistas já que, a única referência de criação e atitude que tinham para se espelhar e tomar como exemplo eram os próprios homens e a cultura machista.







 


O movimento feminista surgiu no final do século XIX e se firmou de maneira definitiva nas décadas de sessenta e setenta. O ideal desse movimento era direitos iguais para homens e mulheres. Do ponto de vista cívico e de liberdade de expressão isto é mais que certo e deve acontecer cada vez mais daqui pra frente. Mas do ponto de vista essencial, cultural e social foi um verdadeiro desastre, já que muitas mulheres ao redor do globo confundiram direitos iguais com fazer, praticar e atuar as mulheres, igual aos homens que dominavam a sociedade. A luta por direitos iguais se tornou uma competição imbecil para provar quem é mais forte e quem é mais livre e o resultado mais bizarro disso são mulheres falando grosso e saindo no tapa.

Mulheres dinamitando seus sonhos e instintos biológicos para provar que são felizes só. E assim se vingar da mágoa que os homens nelas criaram ao longo da linha do tempo. Mulheres que de maneira consciente ou inconsciente tentam se transformar em homens e esquecem que somos e viemos de essências energéticas diferenciadas que devem se complementar em amor, respeito, admiração, carinho, Família. Na minha humilde opinião, se tivessem lutado apenas por igualdade de salários, (podiam até queimar uns sutiãs, fazer um ou outro protesto necessário como foi feito, mas sem se levar tão á sério), teriam sido mais objetivas e hoje seriam mais felizes.







E você deve se perguntar: “Mas quem esse sujeito arrogante pensa que é para falar o que sabe das mulheres”? Na encarnação atual sou Ruy e Ruy é terapeuta e as mulheres confiam em terapeutas. Então afirmo categoricamente que: Em proporção a liberdade esquizofrênica que conquistaram, para atuar no mundo social, as mulheres encarceraram, castraram sua essência e dilapidaram seus processos orgásticos, a ponto de transformar o parto em dor.




Básicamente e pelo menos 80% delas, principalmente as que nasceram de 1985 para cá, não gozam ou tem como referência de orgasmo, um ataquesinho epiléptico fajuto no ego que trepa.






Não somente as mulheres, mas todas as gerações de jovens que nasceram nessa época, não sabem e não aprenderam o que é conquistar, construir, disciplinar. É possível que seus pais, que sofreram censura, ditadura, contra-cultura e etc, devido a seus grandes traumas por tudo isso, tenham pensado que esses jovens poderiam ser educado na base de uma pseudo-liberdade que criou essa nova legião de escravos hi-tech.






Lembrando que, toda analise aqui feita, parte de um conceito coletivo e não indivdual.






As mulheres precisam agora amar, perdoar e confiar para reconquistar os homens. Esses estão apavorados sem saber o que fazer, com medo da força e da vingança.

Ser hetero é mergulhar num oceano profundo de um continente obscuro chamado oposto. É entrega ao desconhecido e gratidão ao inatingível.









Todas as fantasias de independência e conquista do século XX, devem agora se acalmar para dar lugar a harmonia que deverá criar as famílias que habitarão nosso planeta no futuro. Essas identificações e costumes que fazem de nós homens e mulheres são um embuste. Nós somos pequenos deuses e deuses podem ser de tudo.


Parafrasenado Chico Cézar,

"Já fui mulher! Eu sei."

Eu sou.

Namastê








R.M. Médico Animósico – outubro de 2009

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Crônica Reflexiva de um Ex Clubber que Perdeu seus tótens


Sou do tempo em que tecnologia de ponta começou a surgir no país como um luxo da finada classe média. Primeiro vieram os bípes, telefone celular era um tijolo que só alguns ricos podiam se da ao luxo e os computadores domésticos estavam longe de ser parte dos modelos de eletrodomésticos usados pelas famílias do Brasil. Hoje em dia você vê pessoas de todas as classes com todos os modelos de celulares, mp3 e etc.

Quando eu era adolescente idolatrávamos bandas e rodas de violão. DJ era como um técnico de mesa de som especializado em música, mas jamais “artista”.










O primeiro club que eu fui era o “Mingau”, matinê dançante que acontecia no Ipanema club de Sorocaba das 18h00 as 22h00, um ou dois domingos por mês. Vendia Keep Cooler (bebida alcoólica) para crianças de nove a dezesseis anos e sempre terminava tocando “teikemaibrendouê....”, tema do filme Top Gun. Sempre!

Era á hora de dançar de rosto colado falando no ouvido, isso não deve existir mais.                                                                                                              
                                                        
                          
































Na metade da década de noventa, foi quando surgiram as primeiras festas raves do Brasil. O conceito do bailinho house music, ou da discoteca ganhava ares ripes, surfistas e cibernéticos em meio a cenários naturais regados a muitos decibéis e velhas novas drogas sintéticas com novas releituras. Gays e Héteros dividindo a mesma pista de dança sem brigas e em harmonia. Uma avalanche de cores em panos e temas flúores familiarizavam temas como cogumelo, duendes, Shiva e Ganesha.


Da minha parte e da parte de muitos dos amigos que estavam comigo testemunhando o nascer desta “cena eletrônica”, era de dar orgulho e alegria ver e sentir aquilo que a nossa geração estava criando.














Uma cultura longe dos traumas e dos sentimentalismos da turma de 1964 e daquela geração de jovens de nossos pais. 

Queriamos ser livres da esperança do “grande amanhã” e “quem sabe faz á hora” e todo aquele passado sentimental energético que herdamos, mas que já vinha acontecendo desde antes de termos nascidos.













Tinhamos o novo! O incriado até então. Uma dança tribal independente onde não precisávamos de par, pois estávamos com todo mundo, isso era a pista. O nascer do sol como ápice da festa e não mais como o final. O fim do mito fonográfico, do cabeludo que não toca porra nenhuma, vomita no microfone, peida na guitarra e vende milhões. Os ruídos da natureza misturados aos ruídos das industrias transformados em ritmos, melodia, música.

Foi essa a visão que tivemos, eu e talvez muitos sensíveis naquelas primeiras festas, quando tudo era novidade.







 Pensar hoje na influência da tecnologia em nossas vidas me faz lembrar meu professor Wilson Ferreira, autor do livro: “O Caos Semi-Ótico”, que dizia que: Toda tecnologia nasce de finalidades bélicas antes de se tornar doméstica.











Alguns anos depois eu fui pra Bahia e encontrei a visão que eu temia. Aquele sonho de liberdade cultural através do cruzamento da natureza com a tecnologia pacífica em música e arte que criávamos, tinha se transformado numa horda de escravos coloridos tomadores de cápsulas e adoradores de técnicos de mesa de som especializados em música, ops, quer dizer DJ.

















Em meio a uma praia suja, cheia de garrafas plásticas, restos de alimentos e embalagens pela areia, barracas de camping, gente de todo tipo tentando imprimir uma liberdade psicodélica sem nenhuma disciplina, sem nenhuma consciência sobre o que é respeito. Uma porção de jovens agindo como adolescentes e uma porção de adolescentes querendo agir como jovens. Pessoas de treze, dezoito anos sem orientação, sem propósito, sem educação. Tinham apenas drogas, dinheiro e uma vontade suicida de dançar sem nunca parar. Três, quatro dias seguidos, sem sono, sem banho, sem comida, sem higiene, apenas nutridos pelas impressões, pelas substâncias estupefacientes e por segredos guardados dentro de corpos, caras e bocas que desfilavam para a multidão.













Irônias da vida, Ibiza é a grande Meca do que tudo isso representa. A chamada “cena Eletronica” tem aqui a sua estampa publicitária a nível mundial.








O que eu posso dizer disso é que estar aqui e testemunhar o resultado dessa cultura duas gerações depois é preocupante. Queria poder dar a dimensão do como funciona o raciocínio e o senso critico do jovem europeu classe média, mas não ouso. Traduzo-os de maneira coletiva como: Ateus, sem esperança, sem sonho e totalmente disposto a gastar todas suas energias para distorcer a consciência tranqüila para estados mais acelerados, psicodélicos e confusos. O egoísmo é tido como algo super natural, já que todos podem trabalhar e comprar aquilo que desejam para ser “feliz”.












Vale lembrar que as festas e after hours das 06h00 as 18h00 estão proibidas aqui na ilha e isso aconteceu porque estavam perdendo o controle. Pessoas morriam de overdose nas pistas de dança, o corpo era coberto e a galera continuava dançando. Não me lembro de estar em uma festa e alguém ter morrido nela, mas quando eu freqüentava festas, sinto que se isso tivesse acontecido, a festa teria acabado.





Eu sei que há muita coisa boa nas festas, que são necessárias para reunir gente divertir as pessoas e que há muita gente boa e bem intencionada produzindo festas, fazendo isso com amor e com uma vontade sincera de proporcionar um entretenimento a preços justos e saudáveis.


 



Porém, festa significa ter algo para celebrar e para aqueles que se consideram cidadãos do mundo e não estão limitados a uma região geográfica do globo, sabemos que: "Há muito trabalho para se realizar nesse planeta e quase nada para se comemorar".









A indústria de festa virou o atraso da juventude e o boicote do amor, do sagrado e do eterno. Enquanto meia dúzia de empresários, umas dezenas de dj´s, traficantes e mais alguns promotores enriquecem da noite pro dia, a juventude européia ( que serve de espelho para a juventude mundial) empobrece, vai a banca rota se reunindo todas as noites em pequenas caixas negras fechadas para: Respirar fumaça e suor, ficar surdo pra ouvir, sem voz para falar, fedendo, suado, sufocado, pagando preços absurdos por produtos que valem até mil por cento menos do valor que cobram nesses lugares (uma cerveja custa 10, 12 euros em qualquer discoteca e no mercado alguns cêntimos, uma água 7 euros e pode ser comprada por 0.6 centavos). E o pior é que essas pessoas se sentem inteligentíssimas fazendo isso e crêem que o resto do mundo todo as inveja e gostaria de estar fazendo o mesmo.


Eu não sei se essas reflexões e informações importam para as pessoas ao redor do mundo e se isso faz diferença para elas. A minha conclusão final é:


"Passei a minha adolescência e juventude desejando ser e estar com pessoas e fazer coisas, idolatrando formas de ser e opiniões que hoje me vejo integralmente em contato. E a ótica de quem está de dentro do olho do nevoeiro do furacão sem dúvida é outra; mais cru, menos glamourosa, simples e objetiva".

Eu não admiro mais essas pessoas. Estava enganado a respeito da felicidade, propostas e alegria delas. Percebi que A grande maioria das pessoas que deixa suas casas e sai pela noite buscando diversão em discotecas e bares está em fuga de si mesmo e da realidade que criou pra si. E tenta através da reprodução de ciclos de humor positivos e negativos e de uma padronização massiva dos gostos, dos ritmos e das impressões se sentir integrado, menos só e menos responsável pelos fracassos e pela preguiça e sempre se espelhando e se comparando com gente que está mais podre, mais embaixo, mais “acabadinha”.









Da mesma maneira que durante o dia seu corpo se energiza e está desperto elivre para realizar as atividades que você busca e realiza, a noite é o dia do Espírito.

À noite, foi feita para que o corpo físico material grosseiro relaxe; e o corpo sutil se torne lúcido, esteja um pouco livre do cárcere em que se encontra durante o dia. E assim possa habitar e visitar as diferentes dimensões a que tem acesso.


É maravilhoso pensar que: O Espírito numa atitude de doação se eclipsa durante o dia, para que o corpo material grosseiro habite o reino material de Satwas e rajas (manhã e tarde). Em troca disso, o corpo sutil tem a suas horas de liberdade a noite, (em Tamas) permitindo assim que o corpo material grosseiro adormeça se re-energize e mais que tudo, se proteja das influências energéticas densas e confusas que fazem parte das trevas e do reino energético de Tamas. Tudo assim, simples e clássico como a vida pode, deve(?) ser.

R.M. - Medico Animosico - Outubro de 2009




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